Indústria do marketing é pouco diversa. Minorias étnicas recebem menos 10,3%

Os profissionais de marketing pertencentes a minorias étnicas continuam a ter um salário menor do que os colegas caucasianos, conclui o estudo “2023 Career and Salary Survey” da Marketing Week. De acordo os dados, estes marketeers recebem, em média, menos 10,3%.

Embora esta percentagem demonstre uma melhoria face ao ano anterior, quando a diferença salarial era de 23,7%, o relatório salienta que a indústria ainda tem um longo caminho a percorrer na jornada da igualdade.

Inquiridos mais de três mil profissionais da área, o estudo revela uma percentagem de 84% de marketeers caucasianos, que ganham, em média, 64,7 mil libras por ano (cerca de 72,4 mil euros). Por outro lado, os profissionais asiáticos levam para casa anualmente 62,9 mil libras (70,4 mil euros), aqueles de diversos grupo étnicos recebem 57,5 mil libras (64,1 mil euros) e os negros 48,5 mil libras (54,3 mil euros).

E a par da disparidade salarial, a investigação da Marketing Week demonstra também a falta de diversidade na área. Como já mencionado, 84% dos inquiridos são caucasianos, enquanto 6,5% são asiáticos, 4,4% de diversas etnias e 1,8% são negros.

Desta forma, um quarto dos inquiridos acredita que a sua empresa não faz o suficiente para oferecer oportunidades de carreira a pessoas vindas de diferentes contextos demográficos e socio-económicos. Se 23,3% dos profissionais caucasianos não está satisfeito com a forma como a sua empresa apoia o talento diversificado, este número sobe para 26,5% nos restantes grupos analisados.

Para forçar a mudança na situação, uma das medidas sugeridas é que seja obrigatório declarar a discrepância salarial étnica.

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