Impacto da pandemia no retalho mundial será pior do que a Grande Recessão

As vendas mundiais de retalho deverão chegar perto dos 23,4 milhões de milhões de dólares (cerca de 20 milhões de milhões de euros) este ano. A previsão é da empresa de estudos de mercado eMarketer e representa uma quebra de 5,7% face a 2019. É também uma descida de 12% em relação à estimativa elaborada pré-pandemia.

Neste momento, as previsões apontam para uma retoma já no próximo ano, com um aumento de 7,2% para 25 milhões de milhões de dólares (21,9 milhões e milhões de euros) em todo o Mundo. Seguir-se-ão subidas de 6,6% (2022), 5% (2023) e de novo 5% (2024). No prazo de quatro anos, as vendas de retalho deverão rondar os 29,4 milhões de milhões de dólares (25,7 milhões de milhões de euros).

Embora sejam sinais positivos, o crescimento antecipado apresenta um ritmo mais lento do que o expectável caso o novo coronavírus não se tivesse espalhado por mais de uma centena de países. Os números levam a eMarketer a afirmar que os efeitos da pandemia serão piores do que a Grande Recessão.

Segundo a empresa de estudos de mercado, a maioria dos mercados demorou cerca de um ano a recuperar da crise financeira de 2008-2009 no que às vendas de retalho diz respeito. No entanto, a previsão para a nova crise aponta para um período de recuperação mais prolongado, de pelo menos dois anos.

No geral, os países deverão voltar a apresentar níveis de crescimento pré-pandemia em 2022, embora algumas geografias da Europa do Norte possam regressar ao normal já no final do próximo ano.

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