Homification veio para ficar? Portugueses satisfeitos com teletrabalho e compras online
Se o confinamento fosse um teste, os portugueses dariam nota positiva (e elevada) ao trabalho remoto. O Observatório de Tendências, elaborado pelo Grupo Ageas Portugal em parceria com a Eurogroup Consulting Portugal, mostra que os novos comportamentos adquiridos por força da pandemia de COVID-19 estão a ser abraçados sem problemas pela população.
Mais de 62% dos inquiridos admite que gostaria de trabalhar a partir de casa num futuro próximo, optando a maioria por uma percentagem superior a 50% do tempo. A boa relação com o teletrabalho é especialmente notória junto das gerações mais jovens.
Relativamente à adaptação ao novo espaço de trabalho, o processo de criação e organização recebe uma nota de três em quatro pontos. “A tecnologia foi considerada uma aliada, apresentando os inquiridos um nível de conforto de 3.11 em quatro”, revela ainda o estudo.
No futuro, 15% considera alterar o tipo ou local de residência, considerando a flexibilidade que este modelo permite. Mais de metade destes pretende aproximar-se do campo, ao passo que um terço justifica a decisão com razões financeiras.
Estes números reforçam a ideia de que Homification será a grande tendência a emergir da pandemia. A casa tornou-se o centro da vida dos portugueses, uma vez que é a partir daí que trabalham, estudam, cozinham, descansam ou se divertem, entre outros.
A contribuir para esta tendência está também a experiência positiva no que às compras online diz respeito. Mais de metade dos inquiridos admite ter realizado mais compras através de comércio electrónico nos últimos seis meses: 70% dos inquiridos dos 18 aos 24 anos aponta para um aumento, o que contrasta com a subida de 47% dos inquiridos com mais de 55 anos.
E os portugueses parecem mesmo estar rendidos às compras a partir de casa, uma vez que a maioria diz que este será um hábito a manter. Apenas 16% considera voltar às lojas físicas como fonte principal das suas compras. Aproximadamente 66% planeia realizar compras de forma mista.