Homens não se sentem representados pela publicidade… Marcas desafiadas a “fazer melhor”
A publicidade está a falhar na missão se representar o público masculino. É isso que revela o relatório “Conectando-se com os homens: como as marcas podem descodificar a masculinidade moderna”, publicado pela empresa Kantar por ocasião do Dia Internacional do Homem, comemorado no dia 19 de novembro.
A Kantar analisou diferentes anúncios com base na métrica MGUM (Male Gender Antistereotype Metric), que capta se as representações de homens são um bom exemplo para os outros, e concluiu que, atualmente, “os homens procuram reflexos mais autênticos e com mais nuances de si mesmos”, algo que não estão a conseguir encontrar na publicidade no ano passado.
De acordo com o “Índice de Inclusão de Marca” de 2024, “quando vamos além da identidade de género, a forma como os homens se sentem sobre sua representação na publicidade muda consideravelmente”.
“No ano passado, os homens que relataram uma incidência de uma representação negativa aumentaram progressivamente a cada geração, atingindo o pico com a geração Y e a geração Z. Mais do que o dobro de homens LGBTQ+ sentiram-se representados negativamente pela publicidade no ano passado, em comparação com homens não LGBTQ+”, detalha a Kantar.
O relatório dá ainda conta de que o “número sobe até 30% para homens com deficiência de pensamento ou aprendizagem, juntamente com 20% com condições de saúde mental e 16% com qualquer outra deficiência – contra apenas 7% dos homens sem deficiência”.
“Portanto, os homens estão a desafiar os anunciantes a fazerem melhor – melhorando a inclusão e diversificando os contextos e papeis em que os homens são mostrados”, remata a Kantar.