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Hermès reage às “Wirkin”, a imitação da Walmart das luxuosas Birkin
Para muitos fãs de moda, possuir uma Hermès Birkin é o sonho ao alcance de poucos. Com um preço inicial de 10 mil dólares e valores de revenda que podem chegar aos 300 mil euros, o custo da Birkin há muito tempo que reside na sua exclusividade (mas não só).
Quem a quiser comprar, não bastará apenas ter o dinheiro, terá também de passar por rigorosos processos de verificação e listas de espera que podem ascender a anos apenas para ter a hipótese de possuir uma.
Por esse motivo, a possibilidade de conseguir uma mala muito semelhante à Hermès Birkin sem todos estes requisitos e por apenas 80 dólares (cerca de 77 euros) fez com que a “Wirkin” do Walmart fosse um sucesso instantâneo, um sucesso que desagradou a marca de luxo.
Na sexta-feira, durante a apresentação dos resultados anuais da Hermès, Axel Dumas, CEO da marca, reagiu à proliferação de produtos alimentados pela cultura de “imitação” online, onde se inclui a “Wirkin”.
Para Dumas, “é difícil dizer o que pensar porque há uma área cinzenta”, admitindo ter ficado irritado com estas imitações e respectivo sucesso das mesmas.
“Claro que eu estava zangado. Porque copiar a nossa propriedade intelectual, copiar a nossa criatividade é detestável — é roubar o trabalho de outra pessoa”, frisou Dumas.
Ao mesmo tempo, o CEO reconheceu a “ambiguidade” de muitos destes produtos. “As pessoas sabem a diferença na qualidade, ninguém acha que está a comprar uma mala Hermès de verdade. De certa forma, é um elogio; e provavelmente não foi feito com malícia”, assumiu.