“Hack for Good”: tecnologia e seniores

Cerca de 150 pessoas vão estar 30 horas numa sala para descobrir a próxima grande inovação tecnológica com impacto na vida dos mais velhos. A Fundação Calouste Gulbenkian está a promover um hackaton, uma espécie de maratona que reúne programadores, designers, engenheiros e outros profissionais para desenvolver soluções tecnológicas, a ter lugar nos próximos dias 23 e 24 de Abril.

Sob o nome “Hack for Good”, a iniciativa parte do facto de que o número de idosos ultrapassou o de jovens pela primeira vez, em Portugal, no ano 2000, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas. Dados da Nielsen oferecem ainda outro indicador: se em 2010 os portugueses com mais de 65 anos eram 19% da população, em 2030 esses shoppers representarão 25% do total e em 2050 serão 32% do total.

“A Fundação Calouste Gulbenkian viu, assim, na tecnologia a oportunidade de criar respostas inovadoras e escaláveis internacionalmente para os principais problemas ligados ao envelhecimento da população”, refere a fundação em comunicado.

Quem quiser participar terá de se inscrever no site da “Hack for Good” e submeter a candidatura numa das seguintes categorias: “Comunicação e Relações Sociais”, “Estimulação Cognitiva”, “Transferência de Conhecimento”, “Saúde e Bem-Estar”, “Nutrição”, “Finanças Pessoais”, “Mobilidade” e “Apoio a Cuidadores”. Os seleccionados terão, depois, a oportunidade de vencer prémios no valor de cinco mil euros para a melhor ideia e dois mil euros para a segunda melhor. Existem ainda 30 mil euros em produtos  e serviços para as três melhores classificadas.

Durante as 30 horas do hackaton, haverá também tempo para workshops, sessões de relaxamento, networking e entretenimento. A “Hack for Good” conta com o apoio da IBM, HP, Siemens, Samsung, Microsoft e Nos e ainda com o Programa Active and Assisted Living, Instituto Fraunhofer e APDC enquanto parceiros.

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