Há apenas duas empresas portuguesas na lista dos 250 maiores retalhistas do mundo. Apostamos que adivinha quais são

A receita dos 250 maiores retalhistas do mundo aumentou 8,5% no último ano fiscal e na lista constam duas empresas portuguesas. Os dados são do estudo “Global Powers of Retailing 2023” da Deloitte e quantifica em 5,65 mil milhões de dólares esta subida.

O ranking mundial é novamente liderado pela Walmart (572,754 mil milhões de dólares), seguida da Amazon (239,150 mil milhões de dólares) e da Costco Wholesale Corporation (195,929 mil milhões de dólares). No top 10 das maiores empresas a nível mundial no sector, maioritariamente composto por empresas norte-americanas, o retalhista chinês JD continua a subir posições no ranking, estando agora na 7.ª posição, duas acima em relação ao ranking de 2022.

No que diz respeito às empresas nacionais, a Jerónimo Martins ocupa o 47.º lugar a nível mundial, o que significa uma subida de duas posições relativamente ao ano anterior, suportada num crescimento de 8,3% das receitas consolidadas, que se situaram nos 24,697 milhões de dólares.

Já a Sonae subiu uma posição e ocupa agora o 143.º lugar do top 250 do ranking a nível mundial. Durante o período em análise a empresa portuguesa alcançou receitas consolidadas de 8,136 milhões de dólares, o que correspondeu a um aumento de 3,4% relativamente ao exercício anterior.

O estudo da Deloitte mostra que os principais retalhistas digitais têm vindo a beneficiar da mudança de hábitos dos consumidores em favor do comércio online. No entanto, há um esforço acrescido das empresas do sector para atrair novamente os clientes para os espaços físicos, comportamento que sofreu um forte revés durante a pandemia.

«Apesar de os comportamentos dos consumidores estarem a regressar a níveis pré-pandémicos, existem hoje tendências que vieram para ficar, não só nos hábitos mais digitais e omnicanal, mas também numa maior preocupação com operações e produtos sustentáveis. Numa altura em que a personalização é um factor diferenciador para os consumidores, os retalhistas terão de utilizar a tecnologia e a inovação para criar uma experiência de compra integrada e adaptada as necessidades de cada consumidor», diz, em comunicado, João Paulo Domingos, partner e líder do sector de Consumer da Deloitte.

Gradualmente, as empresas no sector do retalho têm vindo a apostar na sustentabilidade, mostrando uma aposta no mercado de bens usados através de marketplaces e opções de recompra. Esta tendência tem sido alimentada pela maior consciencialização dos consumidores para os temas da sustentabilidade e os hábitos de consumo das gerações mais jovens que preferem opções de compra amigas do ambiente.

Actualmente, a cadeia de valor do retalho contribui com 25% das emissões de gases com efeito de estufa a nível global, o que vem provar a necessidade de os retalhistas incorporarem iniciativas sustentáveis que permitam mitigar o impacto da atividade no planeta. Nesse campo, tecnologias como o blockchain ou a inteligência artificial (IA) podem ter um papel decisivo, agilizando processos e criando cadeias optimizadas que ajudem a reduzir o desperdício.

Artigos relacionados