Guia da Fundação José Neves ajuda jovens a pensar no seu futuro académico

“O que queres ser quando fores grande?” é uma pergunta que todas as crianças ouvem diversas vezes e a que respondem rapidamente: “professor”, “bombeiro”, “polícia”, “astronauta”, “futebolista” ou “cantor”. Mas chega uma altura em que essa questão é substituída por “O que queres estudar?” e a resposta nem sempre está na ponta da língua.

Para ajudar os jovens a tomar uma decisão consciente e informada sobre o que fazer após a escolaridade obrigatória, a Fundação José Neves disponibiliza o “Guia para jovens e pais: como escolher o que estudar?”, elaborado com base em dados da plataforma Brighter Future.

«Num Mundo em acelerada transformação, este guia é uma ferramenta preciosa para ajudar os jovens e as suas famílias a tomarem uma decisão informada sobre como fazer a escolha do curso ou área de formação em benefício do seu futuro académico, profissional e pessoal», diz, em comunicado, Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves.

Algumas das dicas que o guia oferecem passam por:

– não deixar que a incerteza seja uma força de bloqueio;

– analisar vários factores e não afunilar a decisão;

– obter informação e rever expectativas;

– recorrer a informação oficial e fidedigna;

– evitar os atalhos;

– não hesitar em pedir ajuda.

Para os pais, as recomendações são complementares: estarem sempre disponíveis, informarem-se, mobilizarem as redes de contactos, potenciarem visitas a instituições ou a feiras sobre ofertas educativas, confiarem e darem autonomia aos seus filhos.

Entre outros indicadores, o guia destaca que, em média, quem completa o ensino superior tem maior probabilidade de estar empregado e de ter salários mais elevados. Em 2018, os jovens entre os 25 e os 34 anos com licenciatura tinham um salário 42% superior aos que ficaram pelo ensino secundário. Além disso, aqueles que terminaram cursos do pós-secundário, ou cursos Técnicos Superiores Profissionais, têm ganhos salariais superiores em cerca de 10% face aos do ensino secundário.

As áreas do ensino superior com salários médios mais elevados são Ciências Empresariais, Engenharia, Informática, Matemática, Estatística e Saúde. É menor o risco de trabalhar em profissões que exigem qualificações mais baixas nas áreas da Arquitectura e Construção, Ciências Veterinárias, Engenharia, Informática e Saúde.

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