Grupos de comunicação social sem apoio do Governo pedem esclarecimentos

Nove editores excluídos do apoio anunciado pelo Governo português aos meios de comunicação social pediram, hoje, esclarecimentos sobre o critério de distribuição das verbas para a compra de publicidade institucional. A Lusa avança que exigem “total transparência” no processo.

“Agora que foi conhecida a deliberação do Governo, nomeadamente a atribuição de verbas, este grupo de empresas editoras de jornais, revistas e ‘sites’ de âmbito nacional, subscritoras deste comunicado, decidiu assim questionar as entidades oficiais sobre os critérios que ditaram as escolhas realizadas”, lê-se no comunicado dirigido ao Presidente da República, à ministra da Cultura, ao secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media e aos presidentes da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e da Associação Portuguesa de Imprensa.

Recorde-se que o Governo anunciou a alocação de 15 milhões de euros para a compra antecipada de publicidade institucional, sendo que 75% deste valor visa comunicação social de âmbito nacional. Esta semana, foi divulgado que as empresas que receberão o apoio serão Impresa, Media Capital, Cofina, Global Media, Grupo Rádio Renascença, Trust in News, Sociedade Vicra Desportiva, Público, Newsplex, Megafin, Avenida dos Aliados, Observador e Swipe News. Tanto o Observador como o Eco já afirmaram, entretanto, que vão recusar o valor que lhes foi atribuído.

Agora, a Impala (Nova Gente, Maria, entre outros), Terra de Letras Comunicação (Turbo); Masemba (Lux, LuxWoman); RBARevistas Portugal (Elle, National Geographic); MoonMedia (Autosport, Casas de Portugal); Grupo V (Gadget & PC, Caça & Cães de Caça); Fast Lane II (Moto Jornal); How Media (Saber Viver, Prevenir) e Presspeople (Mariana, Top) querem saber como justifica o Governo os meios eleitos.

«O critério de atribuição de dinheiros públicos exige, em nossa opinião, total transparência. É isso que reclamamos», indicam os nove grupos no mesmo documento.

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