Grupo Ageas: Cultura e Arte acessíveis para todos

No passado dia 21, o actor Mário Coelho foi o vencedor da segunda edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D.Maria II, sucedendo assim a Sara Barros Leitão. Este é o desfecho de mais uma das iniciativas da Ageas em prol da Cultura, sendo esta uma das principais áreas de intervenção do Grupo.

Teresa Thöbe, responsável de Comunicação Externa e Marca do Grupo Ageas Portugal, explica que esta aposta cultural remete para os valores da marca. A associação à Cultura, nomeadamente ao Teatro, tem uma lógica de criação de valor, que tem pautado a actividade do Grupo ao longo dos anos.

À Marketeer, a responsável faz um balanço do percurso do Grupo Ageas neste território, um caminho que tem permitido democratizar mas também descentralizar o acesso à Cultura no País.

Teresa Thöbe, Responsável de Comunicação Externa e Marca do Grupo Ageas Portugal

Em 2019, o Grupo Ageas firmou uma parceria com o Teatro Nacional D. Maria II, uma iniciativa com o objectivo de promover a Cultura. O que motivou esta decisão?

Numa lógica de criação de valor, que tem pautado a nossa actividade, global e localmente, o reconhecimento da importância do sector cultural para a sociedade encontra-se na base da parceria firmada com Teatro Nacional D. Maria II, em 2019. Para o Grupo Ageas Portugal, o território da Cultura e das Artes, mais do que uma aposta estratégica, é uma escolha natural, pela missão que definimos enquanto Grupo: proporcionar uma experiência relevante e emocional na vida das pessoas. As pessoas são o centro da nossa actividade: os nossos clientes, os nossos parceiros, a comunidade em geral. Queremos acompanhar o seu ciclo de vida, proteger, prevenir, antecipar necessidades, ajudar a realizar sonhos, estar presente em todos os momentos-chave da vida das pessoas onde podemos fazer a diferença. Acreditamos que, juntos, o Grupo Ageas Portugal e o Teatro Nacional D. Maria II, contribuímos para o fortalecimento do serviço público de Cultura prestado pelo Teatro, proporcionando a todos a partilha de momentos especiais de criação, expressão, repletos de emoção, enquanto asseguramos uma oferta transversal nas artes performativas.

Lançada em 2016, e amadrinhada pela actriz Eunice Muñoz, a Rede Eunice Ageas desenvolve-se em parceria com teatros municipais para reforçar a oferta teatral de qualidade em locais com menor acesso à Cultura. Que impacto gerou esta iniciativa na promoção do acesso à Cultura?

O impacto da Rede Eunice Ageas pode medir-se em quatro vertentes fundamentais: Formação de Públicos – ao garantir um acompanhamento constante, permitindo chegar a mais audiências e atraindo diferentes comunidades; Desenvolvimento local – por contribuir para o enriquecimento e valorização das comunidades com as quais colabora, reforçando o investimento nos espaços culturais públicos locais e criando uma mentalidade cultural, essencial para promover e enraizar hábitos de cultura; Reconhecimento – através da promoção de peças de teatro, actores, escritores, tendências culturais nacionais e internacionais e Envolvimento – aproximando-nos de clientes, mediadores, colaboradores e comunidade em geral.

Que resultados foram alcançados?

Já foram apresentados espectáculos para mais de 8000 pessoas, dando assim um maior relevo à dimensão nacional do Teatro Nacional D. Maria II e garantindo uma presença frequente no território nacional das produções e co-produções do D. Maria II. Os espectáculos ficam assim disponíveis para públicos que têm o direito a não ter de se deslocar a Lisboa para assistir ao teatro que aqui fazemos. Paralelamente, a associação do nome “Eunice” a esta rede, para além de ser uma justíssima homenagem a Eunice Muñoz, encerra o poder simbólico de um projecto que ambiciona honrar o compromisso de levar o teatro a todos.

Como descreve a evolução da Rede Eunice Ageas?

A missão de um teatro nacional está para lá dos limites do seu edifício. A ampliação da rede tem decorrido de uma forma muito positiva, com a integração de três novos teatros: o Centro Cultural Município do Cartaxo, o Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre e o Teatro Municipal de Bragança que, juntamente com o Teatro de Portimão, constituem esta rede. É uma rede que começa a marcar o panorama teatral do País, o que se nota pelo número de candidaturas que o Teatro Nacional D. Maria II tem recebido para os vários momentos de selecção. A actividade sofreu, contudo, um abrandamento muito significativo no último ano, efeito da pandemia que afectou profundamente o sector. Mas esperamos que 2021 seja um ano de recuperação e já estamos em plena actividade nos municípios aderentes.

Outra das iniciativas culturais da marca é o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria, que já conheceu duas edições. Que balanço faz deste projecto?

O balanço é muito positivo e sobretudo muito gratificante. Mas é também a representação daquilo que temos vindo a fazer e o que queremos para os próximos anos: o apoio à Cultura, aos artistas, e a Portugal. Ao reconhecer e promover o talento de jovens artistas do panorama teatral, damos visibilidade nacional ao seu trabalho e ajudamos a viabilizar projectos que possam ter e necessitem de um incentivo. Na edição inaugural foi conhecida a primeira vencedora deste prémio, a actriz Sara Barros Leitão, num momento especialmente difícil, em que os artistas viram as suas fontes de rendimento canceladas ou adiadas. Este ano, a 21 de Maio, dia em que assinalámos também o segundo ano de parceria com o Teatro Nacional D. Maria II, foi sublime celebrar o marco com a cerimónia de entrega da 2.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, que distinguiu desta vez o actor, encenador, dramaturgo e produtor Mário Coelho. A força, a resiliência, o percurso de investigação, a determinação, o compromisso, a entrega e o facto de estes jovens estarem verdadeiramente empenhados na profissão torna este momento ainda mais relevante.

Olhando para tudo o que a Ageas tem feito neste território, como é hoje percepcionada na Cultura?

O caminho que estamos a fazer com os nossos parceiros, tornando a Cultura e a Arte acessíveis a todos, é fundamental para a democratização e descentralização da oferta cultural. Este é um dos aspectos mais relevantes e onde as empresas e as marcas podem fazer a diferença, enquanto promotores e facilitadores no acesso cultural, apoiando a criação de oferta e contribuindo desta forma para o aumento da procura.
Apesar das dificuldades sentidas pelo sector cultural em 2020 e no início de 2021, mantemos e perpetuamos o nosso compromisso de dinamização da cultura (música, teatro e dança) e de promoção do talento nacional, através das diversas parcerias estabelecidas ao longo dos anos, nomeadamente com o Teatro Nacional D. Maria II, a Casa da Música, o Coliseu Porto Ageas e o Festival Internacional de Música de Marvão.

E que novidades têm planeadas para dar seguimento a este apoio à Cultura?

Entre 16 e 18 de Junho, o Grupo Ageas e as suas marcas estarão representados no evento especial de apoio à União Audiovisual – uma associação que nasceu em plena pandemia, de apoio aos profissionais do audiovisual que ficaram sem trabalho – que irá decorrer na Praça do Rossio, em Lisboa, em parceria com a Renascença. Prevemos que o futuro seja promissor, porque cremos que onde há cultura, há vida. E semear a cultura é semear Portugal.

Texto de Rafael Paiva Reis

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