Groupon regista prejuízo de 2,34 mil milhões de euros
A rede norte-americana de descontos colectivos Groupon anunciou que obteve um prejuízo de 2,98 mil milhões de dólares (aproximadamente 2,34 mil milhões de euros) no terceiro trimestre do ano. Os resultados ficaram abaixo das previsões do mercado e desiludiram os investidores, o que levou a empresa a registar um mínimo histórico em bolsa.
Entre Julho e Setembro, as receitas da empresa subiram 32% em relação ao período homólogo, para 568,6 milhões de dólares (447 milhões de euros). A estimativa média dos analistas inquiridos pela agência Bloomberg apontava para 591 milhões de dólares (464,7 milhões de euros).
Depois de anunciar os resultados, as acções da empresa fecharam a sessão a cair 30% para 2,76 dólares por acção, o que avalia a empresa em 1,81 mil milhões de dólares (1,42 mil milhões de euros). Desde que entrou em bolsa, há cerca de um ano, as acções da empresa, que na altura transaccionavam a 20 dólares, já desvalorizaram cerca de 84%, segundo a agência Bloomberg.
A desconfiança do mercado deve-se sobretudo à dificuldade de crescimento da empresa no mercado externo, que representa 49% das suas receitas. No terceiro trimestre, as vendas internacionais da empresa norte-americana totalizaram 276,9 milhões de dólares (217,5 milhões de euros), menos 10% em relação ao valor acumulado no trimestre anterior.
De acordo com o presidente executivo, Andrew Mason, um dos objectivos prioritários da empresa passa por resolver os “problemas de execução” identificados no mercado europeu, adicionando tecnologia mais eficiente e um maior foco na satisfação das empresas que fazem negócio com a Groupon. «Para melhorar o nosso negócio internacional, estamos a seguir a mesma cartilha que escrevemos para a América do Norte», afirma Andrew Mason. «Estamos cautelosamente optimistas e confiantes de que estamos no caminho para a melhoria na Europa», conclui.
Para o quarto trimestre, a Groupon estima vendas entre 625 e 675 milhões de dólares (491 a 531 milhões de euros).
A empresa anunciou ainda que vai eliminar 80 postos de trabalho na área de vendas, em virtude da automatização das operações de venda e marketing. A companhia emprega cerca de 12.800 pessoas.