Google e Facebook acusados de limitar concorrência publicitária

Um processo judicial a decorrer no estado norte-americano do Texas levanta suspeitas sobre um possível acordo entre a Google e o Facebook no sentido de limitarem a concorrência publicitária, Documentos divulgados pelo New York Times mostram que as duas tecnológicas terão trabalhado em conjunto para minar os esforços de outras empresas.

Como consequência, a Google e o Facebook são acusados agora de abusarem da sua posição de poder – ambas as empresas são líderes de mercado. Alegadamente, o Facebook terá tido acesso a termos mais favoráveis aquando da licitação de espaço publicitário em troca de apoio à plataforma Open Bidding da Google.

Segundo o New York Times, o Facebook tencionava competir com a Google, mas acabou por recuar e colocar o plano de lado após um acordo potencialmente benéfico para ambas as partes. O caso remonta a 2017, quando o Facebook começou a testar uma nova forma de vender publicidade que poderia ameaçar a posição dominante da Google.

Em traços gerais, o acordo terá garantido ao Facebook mais tempo para licitar os espaços/anúncios que lhe interessam e até a possibilidade de fechar acordo directos com os sites que albergam os anúncios. Por seu turno, o Facebook terá concordado licitar pelo menos 90% dos anúncios em leilão e gastar um mínimo de 500 milhões de dólares por ano.

Representantes da Google garantem que o acordo está a ser apresentado de forma enganadora, enquanto porta-voz do Facebook frisa que a parceria tem como objectivo melhorar a concorrência, e não limitar.

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