Google é a marca mais empática para os portugueses

Continente, Pingo Doce e Nestlé são, novamente, as marcas que mais portugueses mencionam espontaneamente quando questionados sobre quais as insígnias que consideram mais empáticas. Porém, assim que o conceito é clarificado, as respostas mudam e a Google leva a taça.

De acordo com o mais recente estudo “Who Cares”, desenvolvido pela comOn em parceria com as Netquest, Samsung, Continente, Nestlé e Compal fecham o top 5 das marcas mais empáticas em Portugal. Seguem-se Huawei, Nivea, Lidl, Pingo Doce e Danone.

No extremo oposto, encontram-se o Santander Totta, BPI, CGD, BIG e Novo Banco nas últimas posições do ranking. A comOn destaca a descida do YouTube e Facebook, que ocupavam o segundo e terceiro lugares, respectivamente, e que este ano não aparecem sequer no top 10. Quanto a subidas, é de assinalar a escalada da Huawei do 25.º para o 6.º lugar.

Na edição deste ano participaram mais de mil pessoas, entre os 18 e os 74 anos, residentes em Portugal. Foram consideradas 57 marcas agrupadas em 10 categorias de mercado.

“Não se trata de um estudo de notoriedade, nem de avaliação de desempenho de marcas”, sublinha a agência, explicando que o objectivo é apenas conhecer a percepção dos portugueses relativamente à capacidade das marcas responderem às suas necessidades, sentimentos e dificuldades.

Banca é o sector com resultados mais negativos, apresentando um nível de empatia de 3,96 (numa escala de 1 a 7). Por seu turno, tecnologias corresponde ao sector com o melhor resultado (5,49 pontos), à frente de Hipers/supermercados (5,43 pontos) e Alimentação (5,36 pontos). Olhando para o total das 10 categorias, 4,97 é o valor médio de empatia.

A comOn destaca ainda o facto de que 56% dos inquiridos foi incapaz de identificar cinco marcas empáticas. A totalidade dos participantes recordou pelo menos uma marca, 81% apontou para duas, 70% para três e 60% para quatro. “Sabendo que identificar cinco marcas empáticas será mais difícil que identificar só uma, estes números fazem-nos questionar: quão difícil é para os portugueses reconhecer marcas como empáticas?”

No caso de marcas tecnológicas como Google, YouTube, Instagram ou Facebook, verifica-se o “efeito grátis”. Estas são insígnias que correspondem a plataformas que proporcionam serviços digitais sem custos e que promovem a comunicação e a partilha. A comOn afirma mesmo que “quanto menos dinheiro entra na equação, mais empatia é percebida”.

Por outro lado, sectores como banca e seguros sofrem do “efeito halo”. Isto significa que a percepção de empatia de algumas marcas é influenciada por situações ou pessoas a que estão associadas. Palavras como “desconfiança” ou “gatunos” aparecem ligadas a estas categorias, fazendo com que a empatia desça.

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