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Gigantes do comércio eletrónico recorrem a IA e tecnologia para reduzir devoluções de roupa
Até 30% dos artigos de moda comprados online são devolvidos, sobretudo porque os clientes adquirem vários tamanhos ou estilos e devolvem a maior parte, concluiu um estudo da consultora McKinsey e do Business of Fashion. De acordo com o site dedicado à indústria da moda, assa prática reduz margens de lucro, com cada devolução a custar entre 21 e 46 dólares.
Para enfrentar o problema, as empresas estão a apostar na inteligência artificial (IA). A empresa Fringuant, por exemplo, desenvolveu um algoritmo que, com base na altura, peso e uma selfie do cliente, recomenda o tamanho ideal, cobrando aos clientes entre cinco mil a 100 mil euros (5.250 a 105.000 dólares) por ano. A marca de luxo Maje registou uma queda drástica nas devoluções graças a essa tecnologia.
A Zalando também investe em IA, tendo adquirido a start-up suíça Fision em 2020. Desde julho de 2023, o retalhista alemão adotou a sua própria ferramenta de dimensionamento baseada em IA. Com este recurso, os clientes tiram duas fotosde si próprios com o telemóvel enquanto vestem roupas justas para obter recomendações mais precisas.
Além disso, a IA ajuda a evitar erros de envio e a otimizar stocks. Na ID Logistics, câmaras inteligentes verificam produtos antes do envio, reduzindo em 90% as encomendas erradas. Há ainda robôs que mapeiam armazéns e atualizam automaticamente o inventário, minimizando falhas na preparação de pedidos.
Com estas soluções, o setor da moda online procura diminuir devoluções e aumentar a eficiência operacional.