Gifs ajudam as marcas a entrar na conversa

É inegável que os consumidores passam o dia a enviar mensagens uns para os outros. Seja para combinar um café, para avisar que estão atrasados ou mesmo para dizer bom-dia a um ente querido. E o ritmo a que as mensagens estão a ser enviadas não dá sinais de abrandar.

Neste contexto surgiram os Graphics Interchange Format, comummente chamados de gifs. Em 2013 nascia, pelas mãos de Alex Chung e Jace Cooke, a GIPHY que é hoje um banco de dados e motor de pesquisa deste formato.

E foi precisamente Alex Chung quem esteve no palco ContentMakers do Web Summit a inspirar a audiência enquanto nos écrans passavam os gifs que o responsável escolheu para ilustrar as suas palavras. A verdade, disse, é que toda a gente está a enviar gifs e as empresas não querem ficar de fora deste movimento já que muitas pessoas também enviam anúncios aos seus contactos. «Até a Nasa criou um gif», disse durante a exposição que tinha “The business of GIF$” como tema.

Segundo o fundador da GIPHY, as marcas estão a entrar neste território «para mostrar a sua personalidade e para nos fazerem sentir qualquer coisa». Nesse sentido a empresa tem trabalhado com variadíssimas marcas. «Pomos as marcas a mostrar o que são. E todas elas querem fazer parte da conversação.» Em termos de audiência o potencial é enorme já que a empresa criada por Alex Chung tem um alcance de 700 milhões de pessoas por dia em todas as plataformas, do Instagram ao Snapchat, passando pelo Facebook, pelo TikTok, entre tantas outras.

E se inicialmente a pesquisa por palavras-chave podia ser feita em apenas um idioma, hoje são já 43 os idiomas disponíveis para procurar um gif para bom-dia, amor ou felicidade. «Na verdade, se pensarmos nas conversas entre as pessoas, geralmente começam com um “Olá”, seguindo-se um “Como estás?”. E é nesse momento que entra o gif», explica Alex Chung. E continua: «As pessoas querem comunicar. Toda a internet foi construída para as pessoas estarem em contacto.»

Citando Mark Zuckerberg (fundador do Facebook), o fundador da GIPHY lembrou que «o messaging e as stories representam a maioria do crescimento nas partilhas a que estamos a assistir». E ciente destas mudanças que já são uma realidade e das que estão por vir, a GIPHY não se deixou ficar estática. À semelhança do produto que desenvolve, manteve-se em movimento tendo avançado com o lançamento de stickers que as pessoas podem usar para fazer os seus gifs, com a animação de emojis e com textos animados (em vez de se enviar a mensagem a dizer bom-dia o texto tem cor, forma e movimento). Já entrou também na utilização da câmara para cada utilizador poder fazer os seus gifs e lançou stickers para jogos. Para breve, anunciou o fundador, está o lançamento de avatares GIPHY. Cá estaremos para os fazer chegar aos nossos contactos.

Texto de Maria João Lima

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