Geração X e millenials preferem partilhar o que têm enquanto são vivos. Boomers? São mais forretas

O mais recente relatório da multinacional americana Charles Schwab, dedicada a temas da área financeira, revela que a geração baby boomer (nascidos entre 1945 e 1964) são os mais forretas em relação ao dinheiro quando comparados com a geração X (pessoas que nasceram entre 1965 a 1984) e millenials ou geração Y (indivíduos nascidos entre 1985 e 1999).

De acordo com as conclusões da Charles Schwab, há uma grande diferença geracional na forma como a riqueza é transmitida, sendo que as pessoas com elevado património líquido (mais de um milhão de dólares em ativos investíveis) que sejam da geração X ou millenials são mais de duas vezes mais propensos a querer partilhar a sua riqueza com a próxima geração enquanto ainda estão vivos.

Especificamente, apenas 21% dos “baby boomers ricos” assumem que querem que a próxima geração desfrute do seu dinheiro enquanto ainda estão vivos. Em comparação, 44% dos “ricos da geração X” e 53% dos “ricos millennials” afirmam preferir partilhar o seu dinheiro ainda em vida.

Além disso, 97% dos entrevistados da geração X e dos millennials planeiam distribuir parte da sua riqueza durante a vida, comparado com apenas 56% dos boomers.

Além disso, os mais jovens, embora mais propensos a distribuir riqueza, colocam mais condições sobre como o dinheiro será utilizado. Quase todos os entrevistados das gerações X e millennials afirmaram ter algum tipo de restrição para o uso do dinheiro que irão deixar de herança, enquanto apenas 34% dos boomers fazem o mesmo.

Os montantes envolvidos não são modestos. A média de transferência estimada pelos inquiridos ricos que pretendem transmitir riqueza é de 4,1 milhões de dólares, sendo que os millennials esperam transferir 4,7 milhões, e os boomers, 3,1 milhões.

Essas transferências fazem parte da chamada “Grande Transferência de Riqueza”, que deverá movimentar cerca de 84 biliões de dólares das gerações mais velhas para a geração X, millennials e Gen Z. No entanto, segundo os dados da Charles Schwab, uma parte significativa dessas transferências pode não acontecer tão cedo.

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