General Motors fecha 2011 com lucros recorde mas prejuízos na Europa
No ano passado, a fabricante automóvel General Motors (GM) registou lucros de 9,19 mil milhões de dólares (aproximadamente sete mil milhões de euros), os maiores de sempre da história da empresa, ainda que travados pelos resultados na unidade europeia. Com um prejuízo anual de 747 milhões de dólares (cerca de 568,7 milhões de euros) na Europa, o Grupo admite reduzir a produção nesta região.
O resultado líquido da General Motors atingiu 7,6 mil milhões de dólares (ou 5,78 mil milhões de euros) em 2011, o que representa um aumento de 62% em relação aos 6,17 mil milhões de dólares encaixados no ano anterior, segundo a agência Bloomberg, que cita os resultados ontem divulgados pela empresa.
Apesar de, no quarto trimestre de 2011, o resultado líquido atribuível aos accionistas ter deslizado 48% para 765 milhões de euros – valor mínimo em dois anos -, a General Motors alcançou os maiores lucros nos seus 103 anos de história devido à boa performance nos restantes trimestres do ano, em que lucrou sempre acima de dois mil milhões de dólares, explica a Bloomberg.
As vendas globais do Grupo aumentaram 7,6% no ano passado, o que permitiu à General Motors recuperar a liderança mundial no mercado automóvel, perdida em 2008 para a nipónica Toyota. As receitas totalizaram 150,3 mil milhões de dólares, acima dos 135,6 mil milhões de dólares encaixados em 2010.
O EBITDA (lucros antes de impostos, taxas, deduções e amortizações) da unidade norte-americana do Grupo mais do que triplicou em 2011 para 7,19 mil milhões de euros. Em contraste, a GM Europe – que inclui a marca Opel – apresentou um prejuízo de 747 milhões de dólares, que compara com as perdas de 1,95 mil milhões de dólares em 2010. De acordo com a Bloomberg, há de uma década que a General Motors não regista lucros na Europa. Um facto que leva a empresa a ponderar reduzir a produção no Velho Continente, onde ainda persegue o ponto de equilibrio financeiro (break-even point). «Devemos ajustar a capacidade [de produção] à procura e a procura desabou na Europa», afirmou em conferência de imprensa Dan Akerson, CEO da General Motors, citado pela Exame brasileira, prometendo novidades dentro de dois meses sobre este tema.