Fundação Galp empenhada na “construção de um futuro melhor”

A Fundação Galp é a parceira principal do Global Teacher Prize Portugal que distingue, com um prémio anual de 30 mil euros, o professor que mais se destaca em contexto escolar. Trata-se de um prémio que visa reforçar o reconhecimento do papel central que os professores têm na formação de sociedades mais desenvolvidas.

A Fundação Galp foi, ao longo desta segunda edição, um agente activo na dinamização de iniciativas que pretendem envolver e valorizar todo o ecossistema educativo: professores, alunos, pais, comunidade educativa e a sociedade em geral. Escusando-se a revelar o valor do investimento neste apoio, Sandra Aparício, responsável da Fundação Galp, explica à Marketeer a importância desta associação.

Por que motivo faz sentido para a Fundação Galp estar associada, como parceira, a um evento da área da educação?

Na Fundação Galp acreditamos que investir na educação e colocar o tema na ordem do dia e na agenda mediática significa investir num futuro mais sustentável. Nesse sentido, um dos caminhos que trilhámos passa por valorizar o papel dos professores na sociedade porque são eles que têm a missão de transformar e impactar a vida dos jovens. Sendo a educação um eixo central na estratégia de sustentabilidade da Galp e da sua Fundação, abraçámos desde o primeiro momento esta parceria com o Global Teacher Prize. E a primeira edição portuguesa demonstrou, no ano passado, que os portugueses aderem a projectos que valorizem o ecossistema educativo. O papel dos mais jovens e dos seus professores é determinante na construção de um futuro melhor, é com esta convicção que somos parceiros do Global Teacher Prize em Portugal. Queremos dar visibilidade aos professores que ousam inovar e que, com paixão, ajudam os seus alunos a superarem-se.

 

Este é o segundo ano do apoio da Fundação Galp. O que mudou entre o ano passado e este ano?

À semelhança do ano anterior, participámos activamente na equipa de projecto e este ano quisemos, particularmente, dar visibilidade ao estudo levado acabo pela GfK no âmbito do Global Teacher Prize Portugal. Um estudo que, de resto, veio reforçar a nossa convicção de que este projecto é diferenciador e contribui para o reconhecimento de “Quem nos ajuda a pensar, a questionar, a experimentar”. Aliás, este foi mote da campanha: “Obrigado, Professor, por nos ensinar a pensar”, “Obrigado, Professor, por nos ensinar  a questionar “, “Obrigado, Professor, por nos ensinar a experimentar”.

O estudo da GfK revelou que os portugueses colocam os professores entre os três grupos profissionais em que mais confiam, logo a seguir aos médicos e aos bombeiros. Mais: 91% dos inquiridos afirmou que os professores foram importantes para o seu percurso escolar e 86% reconheceu a importância que os professores tiveram na sua vida em geral. No entanto, 89% dos portugueses admite também que esta é uma profissão desgastante e quase 70% dos pais desencoraja os seus filhos a seguir carreira de professor.  Também por isto, a Fundação Galp considera essencial investir em iniciativas que contribuam para a valorização e o reconhecimento de uma profissão que enriquece as gerações e constrói um futuro mais sustentável. O Global Teacher Prize contribui para esse objectivo e é por isso que está inserido nos projectos educativos promovidos pela fundação. Estes prémios pretendem acelerar o processo de valorização da profissão de professor, como motor da mudança e desenvolvimento. E acredito que os professores vencedores da edição de 2019 continuarão a trabalhar na capacitação dos jovens portugueses.

 

De que maneira a Galp tem usado os seus suportes de comunicação para promover esta competição?

A Fundação Galp contou com o envolvimento das áreas de Marketing e Comunicação da Galp para comunicar activamente este projecto, com o objectivo de potenciar o aumento de candidaturas e apresentação de projectos pelos professores. Isso ocorreu quer através do website, das redes sociais ou das plataformas digitais internas e externas da Galp e da sua Fundação (como é o caso do projecto editorial Energiser), quer nos postos de abastecimento e lojas de gás natural da empresa.

Na verdade, o investimento global em comunicação feito em parceria com a Global Teacher Prize surtiu efeito: este ano, tivemos mais de 1.400 recomendações de professores e aumentámos em 82% o número de candidaturas face à 1.ª edição portuguesa deste prémio. Tivemos 200 candidaturas, aumentámos a cobertura nacional, com professores de todos os distritos e de todos os níveis e tipos de ensino.

Estes resultados reforçam o nosso orgulho neste projecto, porque a verdade é que os professores que se candidatem têm um verdadeiro impacto social, com histórias e casos que podem não só ser amplificados, como replicados. Acreditamos que estes professores podem motivar outros a apostar em projectos transformadores.

 

Além do vencedor, a Galp atribui prémios a todos os finalistas. Porquê?

Em primeiro lugar, é mais uma forma de reconhecer quem se entrega ao projecto de educar e gerar conhecimento, de forma inovadora e focada na inclusão social e na sustentabilidade. Valores que abraçamos e  que são comuns às áreas de investimento social da empresa. Todos os finalistas já são vencedores e esta é uma forma de o transmitir.

Este ano, vamos atribuir a  cada finalista um Prémio em Electricidade Galp, um gesto simbólico de premiar com a nossa energia os professores que com energia ajudam a revolucionar o mundo.

Por outro lado, e em particular, com a menção honrosa a Fundação Galp pretende distinguir o professor que desenvolve metodologias inovadoras e  que contribui para o desenvolvimento social da comunidade.

Com estes prémios, reforçamos a visibilidade a casos de sucesso que dão resposta às novas necessidades da educação e que estão alinhadas com a visão da fundação em matéria de novas energias que ajudem a revolucionar o mundo e a torná-lo mais sustentável.

 

Que outros projectos na área da educação estão previstos ser apoiados pela Fundação Galp este ano?

A Fundação Galp tem já um longo histórico no apoio e desenvolvimento de projectos na área educativa. Este ano, voltámos a mobilizar alunos e professores com os projectos Missão Up, Power Up e Switch Up. São iniciativas que, com o mote “Dá a Tua energia pelo Planeta”,  incentivam a comunidade escolar a desenvolver projectos  que promovem, junto de crianças e jovens, a mudança de comportamentos para o desenvolvimento sustentável na escola e na comunidade envolvente.

Temos como propósito contribuir para a literacia nos temas relacionados com as Energias Renováveis e Acessíveis, a Mobilidade Sustentável, a Transição Energética, o Consumo e Produção Sustentável, a Acção Climática e a Protecção da Vida Marinha e da Vida Terrestre. E com estes projectos educativos  já impactámos mais de um milhão de alunos nas escolas portuguesas. Continuamos, por isso, comprometidos com esta missão.

No próximo dia 29 de Maio – Dia de Energia, teremos o evento final deste projectos, no qual reuniremos mais 250 crianças e jovens no CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto. Com a designação Energy Boot Camp, neste evento iremos eleger as três escolas vencedoras do País, dos diferentes níveis de ensino e que verão os seus projectos serem financiados.  Queremos assim promover a cidadania ambiental e incutir nos mais jovens  o empreendedorismo e a consciência que juntos podemos mobilizar a comunidade e contribuir para a mudança de comportamentos e consumo mais sustentável. Mais uma vez estamos focados em reconhecer talento e distinguir aqueles que, de forma inovadora, se desafiam a fazer diferente e com impacto na comunidade. É também com este propósito que este ano nos juntámos à Apps For Good, como um dos parceiros principais. Um programa educativo que desafia grupos de alunos do 5.º ao 12.º ano, apoiados por professores, a assumir o papel de  “Problem Solvers” e “Digital Makers”, ao longo de todo o processo de criação de apps que contribuam para a resolução de um problema da comunidade escolar. Na sua 5.ª edição, o programa  está em 181 escolas, impactando 3.000 alunos e 300 professores.

Acreditamos que é esta a geração do futuro, tecnológica, inovadora, mas também mais humana e consciente da realidade social e ambiental.

Estes são alguns exemplos de uma abordagem holística e contínua que a fundação tem feito na área educativa: nos últimos seis anos, investimos mais de 9,6 milhões de euros em projectos educativos que abrangem desde alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, entre os 6 e os 10 anos, até alunos do Ensino Secundário e Ensino Profissional, a partir dos 16 anos.

 

Já está garantido o apoio da Galp para a próxima edição do Global Teacher Prize Portugal? 

A fundação e a Galp não têm por hábito comentar acordos ou parcerias. Temos muito claro que investir na educação e conhecimento carece de consistência e continuidade, mas também requer a capacidade de nos desafiarmos para encontrarmos continuamente as formas mais ágeis e eficazes em cada momento para atingirmos o os objectivos e os propósitos que movem a fundação, gerando o impacto social pretendido com cada acção. É com esta visão que equacionamos e estabelecemos todas as parcerias que temos estabelecido e promovido ao longo dos anos.

Texto de Maria João Lima

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