Freeport remodela-se e pisca o olho ao Turismo

Dentro de um ano, quem chegar ao Freeport encontrará um novo centro. São cerca de 20 milhões de euros que estão já a ser canalizados para a reconversão quase total do espaço e que, no final, prevêem impactar o actual volume de negócios em mais de 20%.

O objectivo, segundo Nuno Oliveira, director-geral do Freeport Fashion Outlet, é aumentar a duração média de cada visita – hoje situada nos 90 minutos – e, logo, o share of wallet, ou seja, o gasto médio por visitante. Em paralelo, quer ainda o centro reforçar a sua proximidade à cidade de Lisboa e crescer no segmento de Turismo, que tem hoje um peso de 20% no total do volume de negócios.

A remodelação, que será por fases, deverá estar concluída dentro de um ano, e terá como resultado final o crescimento das actuais 95 para 130 lojas, das quais 10 serão de restauração – para melhorar o peso actual da oferta, que não ultrapassa os 6% no volume de negócios – e 25 do segmento de moda – a principal motivação da visita ao centro.

Mas há mais neste novo Freeport. A saber: quem chega e estaciona no parque exterior passará a encontrar toda uma nova área de “boas vindas” com esplanada e cafés; a ala Norte – onde hoje pontuam as principais marcas de luxo – será requalificada de forma a albergar um maior número de marcas (por divulgar); ainda aqui, espaço para uma nova praça de restauração. Também a praça central terá outro figurino, num parque exterior que se quer de lazer para famílias. Já na ala Sul, e para além da reconversão exterior das lojas – nomeadamente toldos e sinalética – será construída uma praça de descanso e onde é possível beber um café, a Praceta do Eléctrico.

“Com este novo layout, o Freeport terá um total de 35 novas lojas para comercializar, o que permite responder às solicitações existentes que até ao momento não podiam ser satisfeitas por falta de capacidade de área comercializável”, informa o centro que garante ainda que a intervenção no espaço não afectará a sua actividade normal.

Em termos de oferta, a primazia será dada a marcas «aspiracionais», como as descreve Nuno Oliveira, e que ajudarão a imprimir outra sofisticação ao espaço. Certo, conforme adiantou ainda o director-geral, é que as alterações a executar terão como grande foco a experiência turística. Muito trabalhada será esta vertente, com o Freeport a reforçar as parcerias já estabelecidas a este nível e a querer encetar novas.

«Esta é uma nova história do Freeport», iniciada em 2014, ano em que foi adquirido pelo fundo de investimento VIA Outlets, lembra Nuno Oliveira, que fez questão de sublinhar a capacidade dos investidores em olharem para o centro e perceberem o seu potencial.

Texto de  Mª João Vieira Pinto

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