Fraude online aumenta 23% com a ascensão dos pagamentos cashless

As transacções online são, agora, quase o dobro das presenciais. E se esta alteração ao modo de consumo poderá ter trazido alguma conveniência, também importa não esquecer os potenciais riscos associados, nomeadamente as tentativas de fraude. Segundo o mais recente “Financial Crime Report” da Feedzai, a fraude online com cartão aumentou 23%, em linha com a ascensão dos pagamentos cashless.

Nos primeiros seis meses deste ano, os pagamentos P2P cresceram 146%, ao passo que as transacções em dinheiro caíram 44%. Verifica-se também um aumento de 109% nas transacções online. Perante este cenário de transição para o mundo digital, os criminosos financeiros mudam também as suas estratégias.

«Milhões de pessoas experienciaram como os pagamentos digitais e os serviços bancários são convenientes quando não se podiam deslocar a uma agência bancária, restaurantes ou mercearias. As transacções sem dinheiro não são o futuro, são o presente. Mas a conveniência tem um custo. As instituições financeiras e os comerciantes precisam de lidar com o risco financeiro e os ataques de maior complexidade que surgem como efeito da evolução digital», comenta Jaime Ferreira, senior director of global Data Science da Feedzai.

Olhando para o segundo trimestre deste ano, a Feedzai indica ainda que são cinco os principais esquemas de fraude: fraude em compras online (pagar por artigos que nunca são entregues), esquemas de engenharia social (manipulação de pessoas para obter informações pessoais), falsificação de identidade (criminosos fingem ser figuras de autoridade para ter acesso a contas), account takeover (roubo de identidade) e smishing (versão SMS de phishing).

Para evitar e prevenir fraudes online, a Feedzai aconselha ainda os internautas a adoptarem comportamentos mais seguros e a seguirem estes três conselhos:

1 – Ouvir o banco. Os bancos estão constantemente a estudar e a acompanhar as últimas tendências de fraude para proteger os seus clientes contra fraudes financeiras. Os recursos educacionais do banco são preparados para protecção dos consumidores, indica o unicórnio português;

2 – Biometria e Autenticação por Dois Factores (2FA). Utilizar os recursos biométricos ou de dois factores disponíveis nos dispositivos móveis, como o reconhecimento facial ou as senhas de utilização única;

3 – Proteger as informações. A Feedzai recomenda estar atento a mensagens de texto, emails ou sites desenhados para nos levar a revelar informações pessoais. Sempre que surgir uma comunicação suspeita do banco, por exemplo, o melhor é relatar a mesma à instituição financeira.

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