Formigas-vermelhas explicam vida em sociedade
O que têm em comum cardumes, bandos de aves, filas de trânsito e mercados financeiros? De acordo com Deborah Gordon, da Universidade de Stanford, são todos exemplos de processos de emergência na natureza, um mecanismo de formação de padrões ou fenómenos complexos, a partir de um grande número de interacções simples. É precisamente o tema “Emergence” o protagonista da “Ar”, uma iniciativa promovida pelo Programa Champalimaud de Neurociências, que assinalará a sua segunda edição no dia 23 de Novembro, pelas 21h, no Auditório do Champalimaud Centre for the Unknown, em Lisboa.
A investigadora Deborah Gordon dedica-se ao estudo dos comportamentos emergentes em formigas-vermelhas, um exemplo de emergência uma vez que, usando apenas informação das suas companheiras mais próximas (interacções simples), são capazes de formar colónias (padrões complexos). O evento “Ar” terá ainda Manuel Marques Pita e José Leal como oradores, ambos cientistas no Instituto Gulbenkian Ciência, que irão abordar a relação entre sistemas biológicos e redes sociais.
O evento decorrerá em inglês e a entrada é livre, sujeita aos lugares disponíveis.
De referir que o Ar tem por objectivo tornar a ciência acessível ao público. Cada evento está sujeito a um tema e a uma abordagem que pode integrar diferentes domínios da ciência.