Forest Dump cria instalação artística para a Tezenis Rossio
A Tezenis continua o seu caminho para minimizar a pegada ambiental. Agora aumentou a colecção Be Te Change com uma linha de peças que usa fibras sustentáveis: as peças Be Comfy (feitas em Modal Neutro em Carbono), as Be Sporty (pensadas e produzidas em microfibra reciclada), as Be Cool (produzidas em tule reciclado, com o uso de nylon reciclado de pré-consumo e elastano) e as Be You (com textura e costuras realizadas em Algodão Orgânico).
Em Portugal, a marca reforçou o compromisso com a sustentabilidade associando-se ao artista plástico Forest Dump. O artista criou uma instalação composta por vários resíduos das lojas (partes de plásticos, restos de tecidos, cabides partidos e etiquetas usadas) e uma ilustração em forma de soutien com a frase: “#be the change”. A instalação pode ser visitada, exclusivamente, na loja da Tezenis do Rossio até ao final do ano.
À conversa com a Marketeer, Forest Dump, explicou o âmbito da instalação.
Porque é que lhe fez sentido aceitar o desafio da Tezenis?
Identifico-me com esta atitude sustentável que eles promovem. O facto de incentivarem campanhas, como a 3Bee que consiste em proteger as abelhas, ou apoiarem a limpeza dos oceanos, fez-me pensar que fazia sentido fazer uma peça nesse sentido.
Além disso, a peça, em si, reutiliza desperdícios da indústria da moda [uma das mais poluentes]. Penso que a solução que temos para o problema do nosso desrespeito pela natureza virá de as grandes empresas e as grandes marcas começarem a dar passos em direcção à sustentabilidade. Como que a Tezenis fez isso, achei que fazia todo o sentido fazer uma peça com essa intenção.
É a primeira vez que trabalha com marcas. Ser uma marca de roupa interior não atrapalhou essa vontade?
De todo. Aqui o que me interessou foi ser uma colecção sustentável. Podia ser qualquer tipo de roupa desde que tivesse essas preocupações.
Quanto tempo demorou a fazer a peça?
A parte dos desperdícios que é o background demorou oito dias. Dentro dos tecidos há plásticos que eram usados para embalar roupa ou enchumaços que se colocam dentro dos soutiens para fazer volume. A parte das plantas teve de ser feita numa fase posterior e demorou três dias. Porque as plantas são seres vivos e precisam de características de clima, de luz e uma atenção especial pelas pessoas que estão à volta delas e não dava para estarem oito dias à espera da exposição. Foi em duas fases.
Há planos para trabalhos futuros com a Tezenis?
Talvez. Muito provavelmente. Em relação a mim, estou a preparar uma exposição que farei em 2022, mas ainda não se sabe o local.
Texto de Maria João Lima