Forbes Portugal nasce do crescimento do empreendedorismo português
Em Novembro, chega às bancas uma nova revista na área dos negócios, da liderança e do empreendedorismo. O nome já é conhecido internacionalmente mas ganha, pela primeira vez, sotaque português, sob a liderança de Luís Leitão, que já passou pela Exame de Moçambique e de Angola e pelo Diário Económico, entre outras publicações. A Forbes chega a Portugal a 27 de Novembro, 10 dias depois de ser lançada em Angola, também com Luís Leitão enquanto director executivo.
À Marketeer, o responsável explicou que a aposta em Portugal surge devido ao crescimento do empreendedorismo no País, nomeadamente enquanto tema central nos meios de informação dedicados à economia e aos negócios. «Pareceu-nos que juntar agora os dois (o bom momento de Portugal nesta área e uma marca de valor reconhecido neste campo como é a Forbes) seria não só uma boa ideia como verdadeiramente oportuno». A revista faz parte da Zap Publishing, editora da Zap, operadora de telecomunicações que tem Isabel dos Santos como accionista maioritária. É sobre a Zap Publishign, explica Luís Leitão, que tanto a estrutura da Forbes Portugal como da Forbes Angola estão montadas.
O director executivo esclarece ainda que não existem outras marcas ou parceiros envolvidos nas novas edições. Somente as que são objecto dos textos das revistas, as empresas que actuam como fornecedores ou as marcas que fazem publicidade nas suas páginas. Quanto à publicidade, o objectivo traçado passa por preencher entre 30 e 40% das páginas com conteúdos publicitários.
Para tornar a Forbes Portugal realidade, Luís Leitão conta com uma equipa de nove pessoas, entre jornalistas e pessoal técnico. Juntam-se ainda alguns freelancers para garantir que a edição portuguesa não é uma cópia exacta da versão original, ainda que partilhem a mesma espinha dorsal. À semelhança do que acontecerá com a Forbes Angola, que conta com uma equipa local de jornalistas a ser apoiada pela equipa lisboeta, a Forbes Portugal «carregará em todas as edições os traços e os princípios da reconhecida publicação Forbes, dos EUA». Luís Leitão adverte que, «contudo, terá adaptações, não só ao nível do design gráfico mas também em termos de conteúdo, por forma a ir ao encontro do perfil do leitor».
Para o mercado português, a estratégia a seguir implica o enriquecimento dos artigos com vários elementos gráficos, como infografias e ilustrações, e, do ponto de vista editorial, dar espaço ao talento nacional. «Queremos dar a conhecer os grandes empreendedores e as empresas de sucesso em Portugal, particularmente através de exemplos do sector industrial.»
O primeiro número, cuja capa ainda é segredo, sai com uma tiragem de 15 mil exemplares mas o mesmo não se verificará daí em diante. A tiragem baixa, depois, para 10 mil exemplares mas a perspectiva é que «a revista seja bem aceite e desperte curiosidade junto dos leitores». Simultaneamente com o lançamento do formato papel, será lançada uma aplicação para iOS e Android que permitirá ter acesso à revista via mobile. Para o digital, está também prevista disponibilização de um site no início do próximo ano. Luís Leitão explica que a aposta no digital é especialmente importante em Angola, «dado que os custos de distribuição da revista fora da região de Luanda são significativamente elevados».
Texto de Filipa Almeida