Food Tech: marca portuguesa revoluciona mercado com patente de produtos doces sem açúcar

A Nolita, startup portuguesa especializada no desenvolvimento de soluções para ajudar as pessoas a ingerirem menos açúcar, desenvolveu uma tecnologia inovadora que permite eliminar açúcares e adoçantes adicionados, utilizando apenas fibras pré-bióticas.

O resultado é uma linha de alimentos com um sabor excelente e um valor nutricional sem precedentes.

Com esta inovação revolucionária, a empresa pretende conquistar os consumidores dos EUA, um mercado que representa cerca de 16% do sector global de produtos saudáveis, estimado em 1359 mil milhões de euros.

Para alcançar esse objectivo, a Nolita está à procura de investidores que possam ajudar a escalar o negócio nos Estados Unidos.

«Estivemos recentemente na Fancy Food Show, em Nova Iorque, e percebemos o potencial deste mercado para os produtos Nolita. Acreditamos que podemos chegar a 1 milhão de euros em 2026 com o mercado dos EUA,» afirma Fernanda Vasconcelos, co-fundadora e directora geral da Nolita.

«Fico triste ao ver como tantas pessoas destroem a sua saúde todos os dias com dietas pobres em proteínas, gorduras saudáveis e fibras. Sinto-me na responsabilidade de criar soluções escaláveis que permitam abrandar a actual epidemia de doenças crónicas, criando uma versão saudável de tudo o que é doce e pouco saudável», acrescenta Fernanda.

Em Março deste ano, a empresa portuguesa registou a sua primeira patente, uma inovação que permite criar produtos sem qualquer adição de açúcares/adoçantes, com valores nutricionais nunca vistos.

Para caramelizar e adoçar os seus produtos, a Nolita utiliza fibras pré-bióticas naturais, graças ao seu processo proprietário, uma técnica termomecânica que molda as propriedades das fibras. Isso significa que apenas são aplicados processos físicos mínimos durante o fabrico do produto, evitando todo o processamento químico.

Esta inovação pode ser aplicada em diversas categorias de alimentos, como granolas, barras de cereais, bolachas e muito mais.

A grande maioria dos produtos vendidos pela Nolita contém 30g de fibra por 100g, cinco vezes mais do que o mínimo exigido por lei para um produto ser considerado rico em fibra. Ao aumentar a fibra, o açúcar foi reduzido: grande parte dos produtos tem entre 2 e 4g de açúcar por 100g, que é o açúcar naturalmente presente nos ingredientes (frutos secos e sementes).

Além disso, a maioria dos produtos contém 15g de proteína por 100g, um valor nutricional raro de se encontrar.

«O que me deixa muito feliz é ter descoberto uma solução para substituir o que faz mal à saúde (açúcares e adoçantes) pelo que falta na nossa alimentação e que nos faz tão bem: a fibra que sustenta a saúde intestinal», afirma Fernanda Vasconcelos.

De facto, as fibras pré-bióticas são o alimento dos probióticos, essenciais para a nossa microbiota intestinal: melhoram a saúde intestinal, ajudam a controlar a diabetes, promovem a perda de peso, auxiliam na produção de hormonas e suportam a imunidade, entre outros benefícios.

Desde sua fundação em 2019, a Nolita tem como propósito oferecer liberdade de escolha para as pessoas começarem a consumir alimentos com zero adição de açúcar, sem renunciar ao sabor ou textura. Actualmente, os produtos Nolita estão disponíveis em mais de 100 pontos de venda físicos de norte a sul do país, como lojas Celeiro e El Corte Inglès, além de várias lojas online e marketplaces nacionais e internacionais, tanto no modelo B2B quanto B2C.

O principal foco da Nolita é demonstrar como é possível desfrutar de uma experiência alimentar naturalmente doce, de forma nutritiva e sem adição de açúcares/adoçantes.

«Como sabemos através de testes independentes, os consumidores atribuem o mesmo nível de satisfação geral e doçura aos nossos produtos quando comparados com uma versão modificada em que a fibra é substituída por açúcar branco corrente», explica Fernanda.

Todos os produtos têm um rótulo limpo: poucos ingredientes, simples, saudáveis e naturais, baseados na dieta mediterrânica. Além disso, são provenientes directamente da natureza e processados utilizando tecnologias de baixa pegada de carbono que respeitam as propriedades naturais dos alimentos.