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Chega de cores “estranhas”: Ferrari pondera restrições à personalização dos seus carros
A Ferrari está a ponderar impor restrições às personalizações dos seus modelos para preservar a identidade da marca e evitar interpretações extravagantes de seus carros. De acordo com o CEO da marca, Benedetto Vigna, a empresa está a estudar um controlo mais rígido sobre as opções disponíveis no programa TailorMade, que permite aos clientes personalizar os seus veículos, evitando cores “estranhas”.
Uma das opções que está a ser considerada é simplificar o catálogo de cores para evitar modelos muito extravagantes, uma tendência da personalização de luxo que tem vindo a crescer nos últimos anos. O resultado deste crescimento são Ferraris com cores e designs pouco convencionais, como tons fluorescentes, padrões camuflados e até um modelo verde Tiffany.
Tudo isto não está a agradar à marca, que já chegou a colocar clientes na “lista negra” pelas modificações consideradas inadequadas.
A simplificação do catálogo de cores, garantiria combinações pré-aprovadas e evitaria esquemas visuais excessivamente chamativos. No entanto, há desafios: um quinto da faturação da Ferrari advém da personalização, o que contribui para um aumento de 21% nos lucros da empresa.
A marca também pode intervir em carros já vendidos se as alterações forem consideradas inadequadas face à sua identidade. Um caso emblemático foi o do DJ Deadmau5, que personalizou um Ferrari 458 Spider com um adesivo colorido e trocou os emblemas tradicionais pelo logo “Purrari”, resultando numa ação judicial da marca.