Ferozmente positiva, Loba uiva ao mercado que agora é uma agência Business to Experience

Serralves, Seaside, Sumol+Compal, Sporting Clube de Portugal ou Brisa/Colibri são algumas das marcas que compõem a carteira de clientes da Loba, agência de comunicação que começou por responder pelo nome Globaz em 2000. Volvidos 14 anos, chegou uma mudança: perdia a primeira e última letras, uivando a todo o mercado que seguia firme sob uma nova designação, mas com a mesma certeza de continuar a ajudar aqueles que a procuram a terem um impacto positivo em todas as partes interessadas das suas organizações.

Agora, com outra década acrescida, a Loba dá mais um passo no caminho da evolução ao revelar outro posicionamento, passando de uma lógica de Customer Experience (CX) para Business to Experience (BX). Isto significa que a agência expande o seu conceito de cliente para passar a abranger também os colaboradores, os fornecedores, os parceiros, as comunidades locais, a banca e os investidores, englobando todas as ramificações inerentes às empresas, além do cliente final.

«Não falamos só do cliente que paga a factura. Temos vários projectos onde o público-alvo não é o cliente da empresa, mas sim os colaboradores, a cadeia de abastecimento, as comunidades com que a empresa se relaciona. O reposicionamento só vem consubstanciar algo que já fazemos há algum tempo e que alinha naturalmente com uma tendência de mercado, que é a das organizações positivas – as que olham não só para o lucro e a rentabilidade», salienta João Gaspar, um dos dois fundadores da agência.

A apropriação deste conceito tem assim a ver com um desejo de marcação de território do ponto de vista da comunicação, mas também porque a agência tem uma forma de estar com os clientes orientada ao seu negócio. «O nosso trabalho tem muitas vezes não como objectivo mas como métrica o sucesso do ponto de vista de negócio do cliente», acrescenta Adelino Silva, também fundador da agência.

O foco da empresa passa então por estar presente em todos os pontos de contacto entre as marcas e os clientes para desenhar essa experiência, seja em publicidade, comunicação, transacção ou relacionamento, tendo sempre o utilizador final em mente durante o processo.

Algo que não fica de lado, muito pelo contrário, é a sustentabilidade, no sentido alargado da palavra. A agência identifica-se com o Triple Bottom Line, conceito assente na trilogia planet, people e profit, que alia a produtividade ao fazer bem, tanto ao planeta como às pessoas. E a transformação do CX em BX é, para a Loba, assumir que estão prontos para ajudar os clientes a terem um impacto positivo, a todos os níveis, junto de todos aqueles que interagem com estes.

Para ajudar nesta transição chega o mote “a fiercly positive agency”, de mãos dadas com a tecnologia e a comunicação, revela Adelino Silva. «Queremos deixar claro ao mercado no que estamos a evoluir. Tal como quando passámos de Globaz para Loba sempre tivemos o nome no meio, agora, passando de CX para BX, o cliente também sempre lá esteve.»

De olhos postos na certificação B-Corp

Esta continuação da jornada tem ainda como objectivo levar a empresa a ganhar a certificação B-Corp, uma distinção que garante que a organização é sustentável, tanto na componente ambiental, energética e climática, como social e financeira. Embora já diversas empresas portuguesas tenham este selo, «ainda nenhuma agência o conquistou» e a Loba quer ser a primeira.

Com mais um passo dado nessa direcção, é natural que o crescimento da equipa acompanhe a evolução e a previsão é que sejam ultrapassados os 200 colaboradores ainda em 2024 e que as receitas alcancem os 6,5 milhões de euros.

Para o que ainda aí vem, os fundadores sublinham que o grande sonho é que a Loba tenha um impacto cada vez maior no sector, valorizando a área do marketing e da tecnologia do ponto de vista do relacionamento com as pessoas. Assim, com 2027 quase ao virar da esquina, as duas grandes metas são alcançar a barreira dos 10 milhões de euros em facturação e aumentar o leque de clientes internacionais, para chegar aos 50% de receitas vindas de além-fronteiras.

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