Promoções ao longo do ano arrefecem febre da Black Friday em Portugal
O inquérito “Estudo Black Friday 2021”, feito pelo Portal da Queixa, concluiu que o número de compras na Black Friday está a descer, com 75% dos inquiridos a afirmar que este dia de promoções “já não faz sentido”, uma vez que há descontos durante todo o ano.
De acordo com o estudo, que abrangeu duas mil pessoas, “a ‘febre’ associada à sexta-feira ‘mais louca’ do ano está a arrefecer” – em 2020, apenas 30% dos portugueses fez compras na Black Friday. O inquérito questionou se as pessoas têm por hábito esperar pelas promoções da Black Friday para fazer algumas compras, ao que 50,8% dos consumidores respondeu ‘sim’ e 49,2% respondeu ‘não’.
Outra das perguntas colocadas incidiu sobre as compras feitas neste dia promocional em 2020: 30,4% dos inquiridos revelou ter comprado artigos na Black Friday no ano pasado e 69,6% afirmou que não. Sobre a forma como as compras foram realizadas, a grande maioria aconteceu em loja online (46,1%), seguindo-se as lojas físicas (37,9%). Quanto à possibilidade de os consumidores aproveitarem a ocasião para fazer as compras de Natal, o estudo evidenciou que não: apenas 33,9% respondeu que aproveita a Black Friday para adquirir presentes para a época festiva.
Relativamente às categorias que registaram o maior volume de compras em 2020, lidera o sector da tecnologia (telemóveis, computadores, televisões) com 58,6% e, em segundo lugar, a categoria de moda (roupa e acessórios) com 51,6%. A terceira categoria que registou o maior consumo refere-se a livros/música/papelaria com 23%, seguindo-se a área da beleza e cuidados pessoais (15,6%), produtos infantis (11,7%), alimentação e bebidas (8,6%), cuidados animais e outros (6,6%), mobília e decoração (5,5%), viagens (4,7%) e bilhetes para eventos (1,2%).
«De acordo com os resultados do estudo realizado, interpretamos que o fenómeno Black Friday reduziu o seu impacto e interesse junto dos consumidores, consequência directa de todos os momentos de promoções que acontecem ao longo do ano. Aliás, os dados relativos às compras no último ano dão-nos ainda outra perspectiva: apesar da rápida adaptação às compras online – fruto dos condicionamentos vividos nos últimos tempos -, este não foi, de todo, o momento para comprar. Verificámos também que, ao contrário do que muitas vezes ouvimos, para o consumidor, esta não é vista como uma oportunidade para antecipar as suas compras de Natal», diz, em comunicado, Sónia Lage Lourenço, CEO & founder do Portal da Queixa by Consumers Trust.