Faltam mais de 13 mil camas em Lisboa, Porto e Coimbra

Desde 2010, o número de estudantes estrangeiros em Portugal aumentou 120%. Uma das consequência deste crescimento prende-se com a falta de alojamento para acomodar todos os alunos que chegam às cidades portuguesas: a JLL e a Uniplaces estimam que faltem entre 13 mil e 18 mil camas em Lisboa, Porto e Coimbra.

Esta é uma das conclusões do estudo “Portugal Student Housing”, desenvolvido pelas duas organizações. Em comunicado, a JLL e a Uniplaces esclarecem que as camas que faltam a estas três cidades dizem respeito a quartos com padrões de qualidade europeus.

Maria Empis, directora de Consultoria Estratégica e Research da JLL, lembra que o problema de alojamento não tem origem apenas no aumento exponencial do número de estudantes estrangeiros. Também os alunos portugueses deslocados contribuem para o «enorme desequilíbrio entre a procura e a oferta de residências universitárias de qualidade, que tenham valências de apoio e serviços associados».

Miguel Santo Amaro, fundador da Uniplaces, considera que cidades e universidades devem trabalhar em conjunto para resolver o problema. «Em Portugal, este mercado segue a tendência europeia e, como tal, apresenta um enorme potencial de crescimento, colocando-nos no radar de investidores internacionais que começam a olhar para Portugal como um novo vibrante mercado», acrescenta.

De acordo com o mesmo estudo, em Lisboa, empresas como Temprano Capital Partners, Staytoo, Uhub e Student Ville estão a investir no desenvolvimento de alojamento universitário privado. Mas também a Universidade de Lisboa está a preparar mais de mil novas camas.

No Porto, os investimentos já assegurados pertencem à MEFIC Capital, Round Hill Capital, Temprano Capital Partners e SPRU. Por fim, em Coimbra, a Staytoo e a The Collegiate têm planos para a construção de empreendimentos privados.

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