Falta de inovação na Nike? CEO culpa o trabalho remoto

Se há falta de inovação e criatividade neste momento na Nike, a culpa parece ser do trabalho remoto. Pelo menos na perspectiva do CEO da marca, John Donahoe, que afirma ser difícil ter ideias disruptivas através do Zoom.

Numa entrevista à CNBC, foi abordada a questão da falta de novos produtos, algo que começava a preocupar os investidores. O responsável respondeu que, «se olharmos para trás», a razão para essa ausência «é bastante clara».

John Donahoe salienta na conversa que, durante a pandemia da Covid-19, as fábricas da Nike no Vietname estiveram fechadas – o que atrasou a produção –, mas mais relevante é o facto de os colaboradores da marca terem trabalhado a partir de casa durante dois anos e meio.

«As nossas equipas voltaram a reunir-se pessoalmente há 18 meses. Por isso, realinhámos a nossa empresa e, ao longo do último ano, concentrámo-nos implacavelmente na reconstrução da nossa linha de inovação disruptiva, juntamente com a nossa linha de inovação iterativa.»

Em Dezembro de 2023, a Nike anunciou um plano para reduzir os custos em 2 mil milhões de dólares ao longo dos próximos três anos. Dois meses depois, já em 2024, a empresa revelou dispensar 2% dos colaboradores, o que corresponde a 1500 vagas, como forma de poder investir em áreas em crescimento como a corrida, a categoria de Mulher e a insígnia Jordan.

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