Facebook tinha conhecimento de métricas publicitárias inflacionadas mas não fez nada

Um caso que se arrasta em tribunal, nos Estados Unidos da América, contra o Facebook vem agora mostrar que a empresa liderada por Mark Zuckerberg tinha conhecimento de que algumas métricas usadas para medir o desempenho de anúncios eram inflacionadas ou enganadoras. No entanto, não terá feito nada para resolver o problema.

Emails reportados pela CNN dão conta de um colaborador do Facebook a afirmar que a empresa recebeu receitas que nunca deveria ter feito “uma vez que têm por base dados errados”. O Facebook terá providenciado aos anunciantes números mais elevados do que os reais relativamente à dimensão do alcance de determinados conteúdos, durante anos.

Os queixosos – um grupo de pequenos negócios – consideram que os problemas verificados com esta métrica publicitária, conhecida como “potential reach”, se devem em grande parte a contas falsas ou duplicadas que o Facebook terá decidido não remover.

Os mesmos documentos indicam que um dos gestores de produto do Facebook tentou sugerir alterações que resultariam numa redução dos números, mas que a proposta foi rejeitada devido ao possível impacto na receita.

Porta-voz do Facebook garante à CNN que os documentos em causa estão a ser escolhidos especificamente à medida da narrativa dos queixosos. Segundo Joe Osborne, o “potential reach” é uma ferramenta de planeamento de campanhas útil e que nunca é cobrada aos anunciantes. «É uma estimativa e nós deixamos claro como é calculada na nossa interface de anúncios e no Centro de Ajuda», afirma.

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