Fábrica da PepsiCo no Carregado vai transformar resíduos orgânicos em biogás
Portugal foi o país escolhido pela PepsiCo para dar início ao seu novo projecto que vai transformar os resíduos orgânicos da fábrica do Carregado em biogás. Para tal, será construído, a partir de Abril, um biodigestor num investimento de 7,5 milhões de euros.
Além de conseguir uma redução de 30% nas emissões de carbono da unidade no Carregado, o biodigestor também contribuirá para reduzir o consumo de gás, permitindo à instalação utilizar o biogás produzido durante o processo de digestão anaeróbia (processo biológico em que o material, na ausência de oxigénio, através da acção de um grupo de bactérias orgânicas específicas, é decomposto em produtos gasosos ou “biogás”). Este é um processo utilizado como fonte de energia renovável, onde o biogás é utilizado directamente como combustível nas várias fases da produção, assim como para a higienização das linhas de produção e aquecimento das águas sanitárias dos balneários e refeitório.
O novo biodigestor utilizará as lamas produzidas na estação de tratamento de águas residuais da fábrica e as cascas de batata, assim como outros resíduos alimentares impróprios para consumo. Estes resíduos são pré-tratados e convertidos num composto orgânico limpo que é depois transformado em biogás através de um processo anaeróbico. O biogás para ser um substituto directo do gás natural é previamente tratado numa estação de purificação que converte o biogás em biometano.
«Temos orgulho de arrancar o ano com o anúncio deste projecto pioneiro no Sul da Europa, que é um grande passo no processo de transformação rumo a uma Cadeia de Valor Positiva. Com o novo biodigestor, passaremos a operar mais eficientemente com o planeta através da criação de soluções de energia alternativa», afirma, em comunicado, Fernando Moraga, country manager da PepsiCo em Portugal.
Esta iniciativa faz parte da estratégia PepsiCo Positivo (pep+), que coloca a sustentabilidade no centro dos negócios da empresa. Até 2030, a marca quer reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em mais de 40%, de forma a alcançar as zero emissões líquidas até 2040, uma década antes do previsto nos Acordos de Paris.