Exportações de vinho crescem 19,3%. Preço médio salta 4,2%

O primeiro semestre deste ano foi positivo para as exportações de vinhos portugueses, que viram as encomendas crescerem 19,3% em valor face a igual período de 2020. Comparando com 2019, ou seja, tempos pré-pandemia, o cenário também é de subida, desta feita de 9,2%.

Os Estados Unidos da América (EUA) e o Brasil foram os dois principais mercados, cada um deles com crescimentos próximos dos 10 milhões de euros. As exportações para estes mercados aumentaram 22,2 e 42,3%, respectivamente, atingindo os 54,7 e os cerca de 32 milhões de euros, também respectivamente.

França, porém, continua a ser o país para onde Portugal mais exporta os seus vinhos, registando-se uma subida de 14,5% nos primeiros seis meses deste ano. As exportações em valor totalizaram 56,7 milhões de euros. Os EUA surgem logo depois, seguidos pelo Reino Unido (quase 33 milhões de euros e uma subida de 12,8%), Brasil e Alemanha (28 milhões de euros e um crescimento de 14,4%).

Angola, com uma quebra de 12,2% em valor, foi o único mercado a registar um recuo em relação ao período homólogo. Os dados são apontados pela Viniportugal, segundo a qual se verificou também uma subida de 4,2% no preço médio dos vinhos nacionais.

Frederico Falcão, presidente da Viniportugal, não tem dúvida de que estes valores «consolidam a posição dos vinhos portugueses no mundo e abrem boas perspectivas para o ano de 2021, com potenciais margens de crescimento relevantes em vários países que começam agora a descobrir os nossos produtos».

Em comunicado, o responsável garante que a estratégia da Viniportugal continuará focada na diversificação de mercado, mas sem esquecer os países onde os vinhos portugueses já são conhecidos. «Estes números são também relevantes para as exportações do sector agro-alimentar português, que tem vindo a ser reconhecido pela sua excelência e qualidade», acrescenta.

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