Estudo mostra que as marcas de moda falam mais do que agem para proteger o Planeta
A sustentabilidade é uma palavra cada vez mais repetida por marcas dos mais diversos sectores, incluindo o da moda. No entanto, a primeira edição do Business Of Fashion Sustainability Index mostra que o interesse por esta área fica-se, muitas vezes, apenas pelas palavras: olhando para 15 das maiores empresas de moda do Mundo, o resultado médio em termos de acções concretas ficou-se pelos 36 num total de 100 pontos possíveis.
O índice, divulgado hoje, tem por base a informação que é divulgada publicamente por estas empresas, o que significa que também a transparência é avaliada. No geral, o Business of Fashion conclui que a indústria da moda fala muito sobre sustentabilidade mas que nem sempre passa à acção, mesmo quando se trata de multinacionais ou casas de luxo.
A holding francesa Kering, que detém marcas como Gucci ou Yves Saint Laurent, obteve a melhor pontuação no índice, com uma classificação geral de 49 pontos. A Nike surge logo depois com 47, seguindo-se a Puma com 44.
H&M Group, Levi Strauss & Co e VF Corp são as empresas que ocupam os lugares seguintes, tendo as três obtido uma classificação de 42 pontos. De acordo com os resultados apresentados, as marcas de consumo de massas e as de desporto têm melhores resultados, na generalidade, do que as insígnias de luxo (à excepção da Kering).
Ainda assim, nenhuma conseguiu chegar a pelo menos metade dos pontos possíveis na classificação total. Há, contudo, algumas empresas com mais de 50 pontos em categorias específicas, como é o caso da dona da Levi’s, que registou 78 pontos relativamente à redução das emissões de gases poluentes.
As categorias de emissões e transparência são as que contam com melhores avaliações entre as 15 empresas analisadas. Por outro lado, direitos dos trabalhadores e minimização do desperdício são as áreas onde há mais trabalho a fazer.