Estúdios parados ameaçam crescimento da Netflix

Afinal, o crescimento da Netflix não foi apenas um fenómeno do confinamento. Os resultados do terceiro trimestre mostram que a plataforma de streaming juntou 2,2 milhões de novos subscritores entre Julho e Setembro deste ano, numa altura em que as restrições impostas pela pandemia de COVID-19 já estavam mais suaves em alguns países. Ainda assim, a conquista fica aquém das expectativas da própria Netflix, que apontava a mais 2,5 milhões de clientes.

Por outro lado, as receitas superaram as previsões dos analistas, chegando aos 6,44 mil milhões de dólares (cerca de 5,44 mil milhões de euros). Mas o grande desafio da plataforma ainda está por chegar: com as produções paradas e cada vez menos filmes e séries para estrear, como vai a Netflix prender a atenção do público?

«A Netflix estava melhor posicionada para isto, mas não pode durar para sempre», indica Ross Benes, analista da eMarketer. Em declarações ao The Verge, explica que se Hollywood fica de porta fechadas durante nove meses, também a Netflix será afectada, tal como a sua concorrência. O efeito poderá, porém, demorar mais tempo a fazer-se sentir.

Numa carta enviada aos accionistas, a Netflix mostra-se confiante em relação ao potencial problema da falta de produções: “Continuamos a esperar que o número de originais Netflix lançados no nosso serviço seja superior ao ano anterior em cada trimestre de 2021 e estamos confiantes de que teremos uma programação entusiasmante para os nossos membros, particularmente em relação a outras opções de serviço de entretenimento.”

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