Estátua de Neptuno do Sea Life Porto vai dar lugar à Deusa Romana dos Mares pela igualdade de género
No âmbito do Dia Internacional da Igualdade Feminina, que se celebra no dia 26 de Agosto, o Sea Life Porto vai mudar um dos seus principais espaços de atracção. O que até agora os visitantes conheciam como Reino de Neptuno, onde nadam tubarões, tartarugas e outras espécies, passará a ser designado como Reino de Salácia, a Deusa Romana dos Mares. Para tal, a figura de Neptuno dará lugar à representação desta deusa, que poderá ser visitada a partir da próxima semana.
Esta não será uma acção temporária, mas sim uma transição e renovação da imagem do aquário portuense. Dados recentes revelam que Portugal está abaixo da média europeia no que diz respeito à igualdade de género e que a pandemia fez o Mundo recuar neste sentido. Segundo o Global Gender Gap Report, do World Economic Forum (WEF), são precisos mais 132 anos para eliminar definitivamente a desigualdade entre géneros.
«A tão conhecida estátua, que foi imagem do Sea Life Porto por tantos anos, estava a precisar de manutenção e quisemos aproveitar a oportunidade para homenagear as mulheres e a luta que combatem desde sempre. Temos consciência de que, além de um papel de entretenimento, temos também um importante papel educativo junto de todos aqueles que nos visitam, especialmente dos mais novos. Por isso, quisemos celebrar esta data, com uma renovação simbólica, mas significativa, de um dos nossos aquários, que passará a ser dedicado a Salácia, Deusa Romana dos Mares, de forma a sensibilizarmos para a importância da igualdade de género», comenta, em comunicado, Rui Ferreira, director do Sea Life Porto.
O responsável do aquário acrescenta ainda que a luta pela igualdade de género é uma das premissas do grupo Merlin, que procura mulheres talentosas e apoia o desenvolvimento das suas carreiras. «Neste momento, 56% dos colaboradores do grupo, a nível europeu, são mulheres. No que diz respeito a cargos executivos, contamos com 38% de mulheres e 46% em cargos de chefia locais, sendo que o nosso objectivo é chegar aos 50% até 2025, garantindo um equilíbrio de géneros em todas as equipas», explica Rui Ferreira.