Estas são as principais causas de problemas de saúde mental no local de trabalho

Na era pós-Covid-19, muitas empresas adoptaram o método de trabalho remoto ou híbrido, o que pode aumentar os níveis de stress e deixar os seus colaboradores mais vulneráveis a problemas de saúde mental. Quem o garante é a consultora em recrutamento Robert Walters.

A consultora cita um estudo da Mental Health Foundation, do Reino Unido, que concluiu que 57% dos profissionais têm estado mais stressados e ansiosos desde o início da pandemia. E alerta que os empregadores devem manter-se atentos aos sinais de problemas de saúde mental, mesmo que os seus funcionários estejam a trabalhar remotamente.

Nesse sentido, a Robert Walters criou uma lista das principais causas de problemas de saúde mental em ambiente laboral:

Isolamento no teletrabalho – quando os empregados não conseguem comunicar no trabalho podem sentir-se isolados ou excluídos. Os trabalhadores remotos são mais propensos a sofrer efeitos negativos para o seu bem-estar mental, devido à falta de conexão humana e à solidão;

Falta de suporte – os profissionais juniores ou novas contratações podem experimentar quadros de stress e pressão de forma diferente dos colaboradores mais experientes. Trabalhar remotamente cria outro obstáculo ao acesso ao suporte, especialmente quando os pontos de contacto ou mentores não foram formalizados;

Burnout e carga de trabalho – de acordo com pesquisas realizadas durante a pandemia, as pessoas trabalham em média 28 horas extra por mês em trabalho remoto. O fraco equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, o aumento da carga de trabalho e a pressão no trabalho são factores que contribuem para o esgotamento emocional, tornando os trabalhadores remotos mais susceptíveis aos seus efeitos;

Baixo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal – as longas horas de trabalho podem afetar a capacidade de um colaborador em passar tempo com a sua família, usufruir de tempo livre e até mesmo dormir. Alguns profissionais podem achar difícil encontrar esse equilíbrio, especialmente os com crianças em idade escolar;

Estigma – os colaboradores podem sentir-se confortáveis em tirar férias ou reduzir a sua carga de trabalho quando sofrem de um problema de saúde física. Contudo, muitos empregados com distúrbios de saúde mental podem sofrer em silêncio por medo ou retaliação. 92% das pessoas com problemas de saúde mental acreditam que admitir este problema no local de trabalho prejudicaria a sua carreira;

Pouca auto-estima – os colaboradores com falta de confiança são propensos à síndrome do impostor – a sensação esmagadora de que não merecem o seu sucesso ou não acreditam que devem pedir mais. Esta ansiedade pode tornar-se mais aguda em situações incertas e profissionalmente exigentes, onde precisam de assumir a responsabilidade e tomar decisões críticas, aumentando os níveis de stress;

Falta de valor – os colaboradores que se sentem subvalorizados são provavelmente os mais desmotivados. Isto pode acontecer devido à falta de voz dentro da equipa, pouca influência nas decisões que afectam directamente as suas actividades ou a crença de que a sua remuneração não é um reflexo justo do seu trabalho.

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