Estados do Golfo Árabe exigem que Netflix retire “conteúdos ofensivos”

Depois da Rússia, é a vez de os Estados do Golfo Árabe fazerem as suas exigências à plataforma de streaming Netflix para que esta retire conteúdo que o conjunto de países considera ofensivo e que vai contra os valores islâmicos.

Numa declaração publicada esta semana pela Arábia Saudita em nome do Conselho de Cooperação do Golfo, o governo afirma que a Netflix viola os regulamentos locais e contradiz o valor social do país, refere a CNN Business.

Embora a declaração não mencionasse qual o conteúdo em específico que está a transtornar os governantes, o canal estatal Al Ekhbariya transmitiu recentemente peças noticiosas que condenavam a plataforma de streaming de “promover a variação sexual” junto das crianças, naquilo que se entende como uma referência à homossexualidade.

A censura não é algo incomum nos países árabes, onde as televisões estatais dominaram a difusão televisiva durante décadas. Contudo, a chegada do streaming diluiu a capacidade dos governos de policiar o contéudo, dando início a uma era nas produções televisivas árabes que escapa à revisão dos censores e que tem causado controvérsia por quebrar os tabus sociais da região.

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