Está a VSCO Girl a matar a indústria da cosmética?
A aplicação VSCO serviu de inspiração para uma tendência de consumo pautada por sandálias Birkenstock, garrafas de água Hydro Flask, elásticos, t-shirts muito grandes e… pouca maquilhagem. A VSCO Girl – conceito explicado na mais recente Conferência Marketeer – poderá mesmo estar a impactar a indústria da cosmética ao incentivar as gerações mais jovens a recusar um dia-a-dia repleto de base, sombras de olhos, máscara de pestana e batons, entre outros.
Segundo a Fortune, a tendência VSCO Girl passa mais pelas marcas socialmente conscientes, que ficam bem no Instagram, e menos pelas que estão associadas ao consumo e a uma noção mais tradicional de beleza. Um relatório do banco de investimento Piper Jaffray aponta para uma quebra de 21% nos gastos anuais em cosmética por parte de adolescentes do sexo feminino.
Não é que a VSCO Girl não use maquilhagem. Simplesmente, prefere menos artigos e propostas mais simples e amigas do ambiente. «O brand awareness parece ser mais importante do que o preço», indica Kayla Marci, analista da empresa de dados Edited. Mario Badescu – que chegou a Portugal este ano -, Glossier e Tarte são algumas das marcas preferidas.
«Vimos, definitivamente, uma subida nas vendas e awareness que pode ser atribuída à nossa associação a esta estética. Enquanto marca, trabalhámos sempre para ter um diálogo com os adolescentes», indica um porta-voz da Mario Badescua à mesma publicação.
A tendência poderá ter consequências junto de gigantes como Estée Lauder ou L’Oréal, obrigadas a acompanhar a mudança de comportamento daqueles que serão os adultos de amanhã.