Empresas devem preparar-se para aumento de incidentes sociais, alerta Allianz

Com o custo de vida a subir e a pandemia de Covid-19 ainda a dar sinais, a Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) alerta as empresas para a necessidade de se prepararem para um aumento dos incidentes de inquietação social. «A agitação civil representa cada vez mais uma exposição mais crítica para muitas empresas do que o terrorismo», afirma Srdjan Todorovic, director de Gerenciamento de Crises para o Reino Unido e Países Nórdicos na AGCS.

De acordo com o mesmo responsável, «é pouco provável que as incidências da inquietação social diminuam em breve, dadas as consequências da Covid-19, a crise do custo de vida e as mudanças ideológicas que continuam a dividir as sociedades ao redor do mundo». Nesse sentido, «as empresas precisam estar atentas a quaisquer indicadores suspeitos e ter planos de resposta claros, que antecipem e evitem potenciais danos a pessoas ou bens».

Greves, motins e protestos violentos são alguns dos riscos para as empresas, que podem sofrer danos materiais nos seus edifícios e bens, por exemplo. Também as operações comerciais poderão ser interrompidas, caso as instalações sejam alvo de problemas de acesso.

Projecções do Índice de Inquietação Civil Verisk indica que 75 países provavelmente testemunharão um aumento nos protestos até o final de 2022, resultando, em mais tumultos e danos às infra-estruturas. Verificam-se ainda perspectivas mais severas para 34 países, sendo que um terço deles diz respeito à Europa e Europa Central.

A melhor forma de defesa para as empresas será uma revisão e actualização dos planos de contingência de negócios, considerando eventuais vulnerabilidades da cadeia de abastecimento. Poderá ser útil também, indica a Allianz, rever as apólices de seguro.

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