Empresas de distribuição querem centro de supervisão do ecommerce

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) defende a criação de um centro de supervisão para o comércio electrónico. O novo organismo teria como responsabilidades a avaliação da consistência, cumprimento e sustentabilidade da legislação e, ainda, a regulamentação aplicável ao ecommerce.

A criação de um centro de supervisão é uma das medidas propostas pela APED no estudo “Obstáculos legais e concorrenciais ao desenvolvimento do e-commerce em Portugal”, realizado pela Deloitte para a associação. A APED propõe também o reforço do controlo alfandegário selectivo de produtos que não respeitem as normas de protecção e segurança do consumidor, além de mais investimento na formação de talento nas áreas de tecnologia de informação.

De acordo com o estudo, menos de metade dos portugueses realizou pelo menos uma compra online em 2018, “valor que nos coloca significativamente abaixo da média da União Europeia”. Além disso, em 85% dos casos, a compra foi realizada a um operador estrangeiro, “sendo Portugal o país da UE com a maior preocupação de encomendas online transfronteiriças”. China, Espanha e Reino Unido são os principais países de origem das compras online realizadas por consumidores residentes em Portugal.

O estudo indica ainda que são cinco as áreas que representam os maiores obstáculos ao desenvolvimento do ecommerce em Portugal: sujeição dos operadores não residentes no espaço europeu a regras diferentes dos operadores nacionais; adopção tardia de novos meios de pagamento; falta de talento nas áreas de tecnologia de informação; limitação do investimento em inovação; e baixa literacia digital e financeira.

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