Empresas de casamentos apontam para quebras superiores a 70% em Portugal

A pandemia de COVID-19 e a impossibilidade de realizar eventos que juntem muitas pessoas levou a uma taxa de cancelamentos e/ou adiamento de casamentos de 91,05% em Portugal. Destes, 63,1% foram adiados para 2021 e 23,5% para o último trimestre deste ano. Os números são apontados pela BestEvents e pela revista “I Love Brides”, que elaboraram um estudo conjunto sobre a situação financeira deste mercado a nível nacional.

O estudo, assente nas respostas de 231 empresas, revela que a Área Metropolitana do Porto será a mais afectada pelo novo coronavírus: 95% dos casamentos foram adiados e/ou cancelados. Na região de Lisboa, a taxa de adiamentos/cancelamentos chega aos 92%

Segundo a BestEvents e a “I Love Brides”, até ao momento foram realizados apenas 2,5% dos casamentos previstos para este ano. Na região do Porto, este número desce para 1,25%, ao passo que em Lisboa sobe para os 5%.

Quem optou por reagendar o evento, encontra novas dificuldades: cerca de 38% das empresas não conseguiu reagendar os seus serviços, uma vez que se torna complicado conciliar todos os elementos nas novas datas escolhidas.

Quanto à facturação, 52% das empresas prevê perdas superiores a 70%. Pedem, por isso, medidas de retoma urgentes, nomeadamente o prolongamento do lay-off simplificado para o sector dos eventos até ao final do ano. Sugerem também o apoio à redução de custos fixos e dos custos energéticos, através de linhas de crédito específicas e apoios para a adaptação dos seus modelos de negócio no âmbito da COVID-19.

Segundo a BestEvents e a “I Love Brides”, a crise sanitária “criou um cenário nunca antes visto numa indústria que movimentava 4 mil milhões de euros num ano”.

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