Em queda livre, Twitter afunda 32% sob a gestão de Elon Musk
Desde que Elon Musk comprou o Twitter, o valor da marca tem vindo a cair a pique. De acordo com um estudo da Brand Finance, o valor da rede social caiu 32% face ao ano passado, para 3,9 mil milhões de dólares (cerca de 3,57 mil milhões de euros), enquanto a força da marca desceu 11 pontos.
Sob a gestão de Elon Musk (o empresário assumiu funções de CEO até ao início deste mês), a marca Twitter caiu oito posições no ranking Brand Finance Media 50, que analisa as marcas de media mais valiosas e fortes do mundo. Segundo a consultora, isso deve-se sobretudo a uma “percepção significativamente mais fraca da marca, causando uma quebra muito grande de 11 pontos na força da marca e a subsequente despromoção para um rating AA”.
A Brand Finance acrescenta ainda que as “abordagens de negócios agressivas” de Elon Musk enquanto CEO contribuíram para a erosão do valor da marca, o que aumenta as dificuldades da rede social em reter anunciantes e manter as receitas publicitárias.
«A aquisição e privatização do Twitter apresentou um caso de investimento forte e interessante. No entanto, os resultados positivos que alguns esperavam para a marca não se concretizaram. A avaliação da marca considera activos intangíveis e tangíveis, e Musk ignorou um dos recursos mais importantes das marcas: as pessoas», frisa em comunicado Richard Haigh, director executivo de Brand Finance.
De resto, a edição deste ano do ranking Brand Finance Media 50 volta a ser dominado pelas gigantes tecnológicas. Com uma subida de 7% do seu valor de marca, para 281,4 mil milhões de dólares (cerca de 258 mil milhões de euros), a Google mantém pelo terceiro ano consecutivo a liderança na tabela das marcas de media mais valiosas. A empresa do motor de busca mais popular do mundo tem um valor cerca de quatro vezes superior ao segundo classificado, o TikTok, avaliado em 65,7 mil milhões de dólares, ou 60,2 mil milhões de euros, tendo subido 11% em relação a 2022.
A Brand Finance destaca ainda o LinkedIn como a marca de media com um ritmo de crescimento mais rápido em todo o mundo. A rede social profissional viu o seu valor subir 49% este ano, para 15,5 mil milhões dólares (14,2 mil milhões de euros), o que a consultora atribui, em parte, à integração que tem sido feita com outros serviços da Microsoft. Já o WhatsApp entrou pela primeira no ranking, saltando directamente para a 17.ª posição.