Em 2023 houve menos reclamações no sector da Saúde: queixas caíram 7%
Apesar da crise do SNS, o número de reclamações apresentadas contra o sector da Saúde teve um decréscimo de 7% no ano passado, em relação a 2022. E o sector privado até foi o que recebeu o maior volume de queixas, de acordo com os dados do Portal da Queixa.
Ao todo, foram publicadas no ano passado no Portal da Queixa 3763 reclamações dirigidas a prestadores de cuidados de saúde públicos e privados, o que compara com 4003 queixas apresentadas no ano anterior. A diminuição contraria a “tendência verificada em outros sectores”, mas explica-se pelo facto de, em 2022, a pandemia de Covic-19 ainda ter tido uma “grande expressão nas queixas”.
De acordo com a análise do Portal da Queixa, entre os principais motivos de reclamação dos utentes estiveram a demora no atendimento (21,5%), o tratamento indevido (17,5%), a falta de informação (9,3%), as dificuldades de contacto com as entidades de saúde (7,4%) e cobrança indevida (7,4%).
À semelhança do que já tinha acontecido em 2022, o sector privado liderou em volume de queixas, representando 54% do número de reclamações, com o sector público a responder por 46%. No sector privado, uma em cada duas queixas (49,8%) foi dirigida à categoria grupos de saúde privados. Já no sector público, o pódio pertenceu à categoria hospitais e maternidades, que recolheu 56,1% das queixas dos utentes.
De resto, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi a entidade mais visada nas reclamações dos utentes, tendo sido alvo de 17,7% das denúncias. Seguem-se no top 5 a Swiss Dental Services (12%), a Saúde CUF (9,2%), a Lusíadas Saúde (6,6%) e o Hospital da Luz (5,8%).