E se os logos das marcas fossem tão brancos como a respectiva gestão?
O amarelo da McDonald’s e o verde da Starbucks dão lugar ao branco no projecto “True Colors”. Nascido pelas mãos de criativos da agência Goodby Silverstein & Partners, este projecto paralelo no Instagram pretende demonstrar a falta de diversidade na liderança de algumas das maiores marcas do Mundo.
Os responsáveis analisaram a informação disponibilizada publicamente sobre as empresas por detrás das insígnias e redesenhou os seus logótipos. Na Nike, a primeira marca abordada pelo projecto, 85% das pessoas que tomam decisões (administração e executivos) são caucasianas.
A Johnson & Johnson, por seu turno, apresenta uma taxa de 83%, ao passo que o Spotify chega ao 88%. A única marca que consegue chegar aos 100% é a Adidas: a totalidade da administração executiva desta empresa é composta por homens caucasianos. A Netflix também chega perto, com 94%.
No sentido inverso, a Uber é, entre as marcas analisadas, aquela que conta com uma administração mais diversa em termos de etnia e cor de pele. Metade da administração e equipa executiva desta plataforma de mobilidade é caucasiana.
Eleanor Rask, directora de Arte da Goodby Silverstein & Partners e uma das responsáveis pelo projecto “True Colors”, explica à Adweek que já muitas marcas se pronunciaram sobre o movimento Black Lives Matter, mas que nem sempre as suas palavras reflectem as suas acções. «Decidimos investigar para ver se as marcas fazem o que dizem. O que descobrirmos foi que muitas destas empresas são essencialmente geridas por pessoas brancas e foi isso que levou à ideia», conta.