E se o desperdício alimentar fosse transformado em embalagens de plástico?

Bioplástico feito a partir de despedício alimentar é a proposta do YPACK, projecto financiado pela União Europeia que propõe duas soluções de packaging que em comum têm Polihidroxialcanoatos. Ou seja, poliésteres produzidos a partir da fermentação de açúcares e lípidos.

«Este é um processo natural, por isso, basta-nos pegar no desperdício proveniente da indústria alimentar, voltar a colocá-lo no solo e as bactérias presentes nos resíduos alimentam-se dos mesmos e geram este plástico», explica José María Lagarón, coordenador da investigação por detrás do YPACK, em declarações ao Continente, que fechou uma parceria tendo em vista a disponibilização de embalagens deste tipo até ao final do ano nas suas lojas.

Neste momento, está a ser preparado o lançamento de programas-piloto para testar as embalagens de bioplástico em superfícies comerciais e o Continente será um dos anfitriões.

Segundo o retalhista alimentar da Sonae MC, o YPACK ambiciona industrializar uma alternativa ao plástico de origem fóssil, sendo que conta na sua composição com mão portuguesa. Coordenado pelo pelo Instituto de Agroquímica e Tecnologia de Alimentos de Valência, soma ainda a participação do INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (sediado em Braga), das universidades do Minho e Nova de Lisboa.

O Continente, por seu turno, é o único retalhista nacional presente neste consórcio europeu. O projecto, inciado em 2017, sugere embalagens biodegradáveis e compostáveis que além, de darem nova vida ao desperdício alimentar, prolonguem a conservação dos alimentos.

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