E-Redes leva caso Lisbon Gate ao Ministério Público. Dreammedia garante que não foi notificada e que fatura está liquidada

O Lisbon Gate, o maior outdoor digital em Portugal segundo a DreamMedia, com 25 x 8 metros e mais de 3,5 milhões de impressões mensais, terá usado irregularmente energia da E-Redes, “sem qualquer contrato nem a troco de pagamento ao fornecedor”. A acusação é da E-Redes que decidiu avançar com uma queixa-crime no seguimento do desvio irregular de eletricidade da rede pública para o “maior painel publicitário digital”, segundo noticiou esta segunda-feira a CNN Portugal.

De acordo com o canal da Media Capital, a distribuidora de energia afirma que “atuou em conformidade com a legislação e regulamentação” após a “apropriação indevida de energia elétrica”  cujos valores de prejuízo estarão na ordem dos quase 75 mil euros.

Na sequência do desenrolar do caso, a DreamMedia avançou com um esclarecimento enviado às redações alegando que “não foi notificada pelo Ministério Público, nem tem conhecimento da existência de qualquer processo contra a empresa”.

A empresa garante ainda que “o Lisbon Gate é um outdoor licenciado, em total conformidade com a legislação aplicável” e que “a estrutura, instalada há mais de 30 anos, sempre operou dentro dos parâmetros legais e administrativos exigidos”. Quanto à energia, alega que “a única comunicação formal recebida pela DreamMedia foi da E-Redes e diz respeito a uma fatura referente ao consumo de eletricidade, que se encontra integralmente liquidada”. Acrescenta ainda que, depois dessa liquidação da fatura, “foi aprovada a ligação definitiva do ramal elétrico, encerrando o processo dentro dos trâmites normais”.

“A insistência na propagação de informações sem qualquer base factual levanta sérias dúvidas sobre a real motivação desta cobertura mediática, que parece ter como único propósito criar instabilidade no setor e condicionar a livre concorrência”, sublinha a empresa. Em comunicado, a empresa afirma ainda que “durante décadas, a publicidade exterior em Portugal esteve refém de um monopólio” e que “a presença da DreamMedia representa uma transformação irreversível que está a redefinir o mercado, promovendo transparência, inovação e livre concorrência”.

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