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Do marketing tradicional ao ‘smarketing’: A importância de estar onde os clientes estão
A expressão “encontrar os nossos clientes onde eles estão” está a ganhar popularidade no mundo do marketing, especialmente nas redes sociais, e é frequentemente utilizada em diversos contextos, desde a Delta até à Starbucks.
Embora a frase possa parecer óbvia e até redundante, reflete uma tendência crescente no comércio moderno, com as empresas a procurar formas cada vez mais eficazes de atingir o seu público-alvo. A ideia de se aproximar dos consumidores nos próprios espaços e comportamentos não é nova, mas tem sido recentemente revitalizada, especialmente no contexto do marketing digital e das redes sociais.
A expressão tem vindo a ser citada por várias figuras do mundo dos negócios, desde consultores a CEOs, incluindo o presidente da Estée Lauder, que destacou a importância de atrair clientes com ofertas atraentes. Para muitos, como o cofundador do Twitter Jack Dorsey, essa abordagem já era parte integrante do mundo dos negócios desde os primeiros anos da sua carreira. Contudo, parece que o conceito de “encontrar os clientes onde estão” atingiu novos picos de interesse nos últimos tempos, refletidos nos dados de pesquisa do Google Trends, que mostram aumentos substanciais nas buscas por este conceito.
Este momento de popularidade é atribuído ao que muito consideram ser uma evolução do marketing, que passou de uma abordagem mais focada na “marca” para uma outra orientada para resultados de performance, e agora para o que é chamado de “marketing de funil completo” ou “smarketing”. Este conceito implica uma fusão perfeita entre vendas e marketing, algo facilitado pelo avanço das plataformas de comércio social, onde as compras podem ser feitas diretamente nas redes sociais.
Especialistas como Oliver Bogner e Jonathan Jadali têm notado um aumento no uso desta estratégia, com empresas de diferentes partes do mundo a utilizarem a expressão para destacar a necessidade de se conectar com os clientes de forma mais autêntica e prática, muitas vezes ajustando os seus produtos ou ofertas para atender às expectativas do público.
Apesar de a frase estar em voga, Mark Cohen, ex-diretor de estudos de retalho da Columbia Business School, lembra que a ideia por trás do conceito não é nova. Desde sempre, os comerciantes tentam alinhar os seus produtos com as necessidades dos consumidores, tornando esta estratégia um princípio fundamental do retalho.