Do Marketing à Marca e Comunicação

Ricardo Florêncio

Director Editorial Marketeer

Editorial publicado na edição de Março de 2015 da revista Marketeer

O grande boom do Marketing acontece no final da década de 90. De disciplina e área de menor importância nas organizações, de parente pobre entre as demais, o Marketing vai crescendo no seio das organizações, vai-se transformando em área estratégica até passar a ter assento bem próximo do presidente/CEO, sendo muitas vezes o próprio líder máximo da empresa.

O Marketing, enquanto grande conceito de “umbrella”, começou a englobar a estratégia, a análise de mercado, o search, o research, o intelligence, a análise da concorrência, o desenho do produto, o packaging, o preço – e todos os p’s que se possa desejar juntar -, o customer responsiveness, as reclamações, muitas vezes, ainda, a comunicação interna, os eventos, as activações, as reacções com os shareholders, com os stockholders, com os media, as redes sociais, etc. Em paralelo, os departamentos de Marketing atraíram atributos e responsabilidades que anteriormente estavam na área financeira, nos recursos humanos, na comercial. Enfim, a todos o Marketing foi buscar um pouco.

Contudo, tornou-se tão grande, tão potente, tão importante, tão abrangente, tão lato, que acabou por ser dividido, e houve a necessidade de redefinir o Marketing.

E como corolário dessa situação, temos que emergem duas novas áreas mais específicas, que devolvem o focus. Surge assim a Marca e a Comunicação. Uma, mais virada para a área estratégica, e, outra, mais focada na divulgação, numa lógica de 360º, abrangendo todas as vertentes e plataformas.

Será esta a tendência que vamos ver adoptada nos próximos tempos?

O que é facto é que ao longo do último ano já muitas empresas adoptaram este novo figurino nas suas organizações.

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