Raros e únicos: Há vinhos nacionais que podem custar milhares de euros

Há vinhos que, mais do que uma bebida, são verdadeiras experiências sensoriais para o consumidor. Se é apreciador de vinho, sabe bem que há para todos os gostos… e carteiras. Os mais caros não estão a alcance de qualquer consumidor, mas são certamente únicos, muitas vezes edições limitadas que não se repetirão.

A pensar nisso mesmo, a Marketeer olhou para o mercado de vinhos nacionais, não fosse o nosso país conhecido pela sua qualidade vínica, e apresenta-lhe três vinhos acima dos mil euros por garrafa que se destacam pela raridade dos mesmos.

Comecemos pelo mais famoso do trio: o Barca Velha. Em fevereiro deste ano, a Sogrape anunciou com “um misto de celebração e responsabilidade” que 2015 é ano de Barca Velha. Em comunicado, a marca revelava que o mais famoso dos vinhos nacionais, com assinatura da Casa Ferreirinha, chegava ao mercado em junho.

Desde 1952 até aos dias de hoje, apenas 21 colheitas mereceram o estatuto de “expoente máximo do Douro com a assinatura de Casa Ferreirinha”.

Na loja da Sogrape, o Barca Velha 2015 estará à venda a 860 euros, mas, tendo em conta a pouca produção em relação (16.500 garrafas) à anterior, o custo ultrapassa rapidamente os 1.000 euros no mercado. O mais recente vinho Barca Velha no mercado – antes do de 2015 – é do ano 2011 e custa entre 950 euros (75 cl) e 1.990 euros (1,5 l) na loja online da Garrafeira Nacional.

Do Douro, vamos até ao Alentejo com o vinho alentejano Júpiter. Trata-se de um vinho vendido inicialmente a 1.000 euros por garrafa, mas que, segundo indicou o produtor ao jornal Público, poderá ser encontrado hoje em dia no mercado à venda por 1.750 euros.

Cláudio Martins, consultor de coleccionadores e investidores privados em vinhos raros, é o wine advisor por detrás do Júpiter. Em 2022, à Marketeer, dizia querer contribuir para reforçar a presença do vinho nacional no segmento de luxo, e é certo que este é um vinho que se tem afirmado no mercado.

No site Garrafeira Nacional, o vinho (que já não se encontra disponível) é descrito como “um vinho fora de série com a assinatura do enólogo Pedro Ribeiro”, sendo que apenas foram produzidas 800 garrafas, na Herdade do Rocim. “Com 48 meses de maturação em ânfora e 12 meses em garrafa, tem uma cor rubi profunda, no nariz apresenta uma grande complexidade com forte carácter mineral e algumas notas vegetais. O final é longo com uma acidez refrescante e um excelente equilíbrio. É um vinho com taninos firmes e redondos e grande capacidade de guarda”, lê-se na descrição.

Por fim, o Maese 11, um vinho da região do Alentejo que custa 3.873 euros por garrafa. Como próprio nome já indica, trata-se de uma colheita de 2011, e está no topo dos vinhos mais caros da Península Ibérica. Foram produzidas apenas 572 garrafas pelo produtor Torero Wines.

Em julho, o enólogo Andrés Herrera indicava à revista Evasões que, das 572 garrafas, apenas “300 foram postas à venda”, estando as restantes guardadas para um segundo lançamento. Quanto ao vinho, Herrera descreve-o como “um vinho super rico”, que “é difícil de comparar”.

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