Dianova defende que tratamento de dependências deve ser considerado essencial

“Quando tudo estiver parado, alguns de nós temos de continuar” é o mote da mais recente campanha da Dianova, ONG especializada no tratamento das dependências. Com lançamento marcado para a próxima sexta-feira, dia 26, visa lembrar que as drogas e álcool são problemas de saúde pública e que, por isso, os serviços de tratamento de depedências devem ser considerados essenciais.

“A inesperada irrupção da COVID-19 revelou inúmeras disfunções nos nossos sistemas de saúde e, particularmente, de saúde mental”, refere a Dianova em comunicado, justificando a necessidade de lançar uma campanha a alertar para o tema. Tedros Ghebreyesus, director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), também já deixou o alerta, tendo sublinhado que, embora se verifique um aumento de doenças como ansiedade, depressão ou dependência de drogas e álcool, apenas 2% dos orçamentos de saúde têm como destino a saúde mental.

Tanto Tedros Ghebreyesus como António Guterres, secretário-geral da ONU, apelaram ao investimento na saúde mental, que afecta pessoas e comunidades. E, agora, chega a vez da Dianova, cujos terapeutas e funcionários não deixaram de trabalhar durante a pandemia.

“Caso surja outra crise desta natureza, os serviços de tratamento das dependências não podem continuar ser a parte mais fraca do sistema público de saúde”, refere a ONG, acrescentando que a campanha “tem como alvo decisores políticos, profissionais de saúde, media e o público em geral”.

O lançamento da nova campanha de sensibilização social, que coincide com o Dia Internacional Contra o Abuso de Drogas e o Tráfico Ilícito, é também uma homenagem à dedicação de todos os profissionais da área de tratamento de dependência.

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